Na família dela era comum as pessoas morrerem com depressão

Saiba como Leni Ribeiro venceu a doença que a afligiu por seis anos

Até os 35 anos, a costureira Leni Ribeiro, hoje com 68 anos, viveu bem. Ela começou a trabalhar aos 9 anos, fez curso, especializou-se e se tornou professora no ofício que tanto amava: corte e costura. Aos 20 anos se casou e posteriormente teve duas filhas.

Porém, após o falecimento do seu pai, Leni deixou de dormir bem e sofria com muitos pesadelos. Isso a assustou, pois em sua família era comum pessoas terem depressão a ponto de enlouquecerem ou se matarem. “Os parentes falavam que na nossa família morriam todos com depressão. Várias pessoas morreram amarradas porque estavam loucas. Só da parte da família do meu pai mais de dez pessoas enlouqueceram e duas pessoas beberam soda cáustica e morreram por causa da depressão. Pensei: ‘será que sou a próxima?’”.

Leni passou por psicólogos e psiquiatras que prescreveram medicações que, segundo ela, “faziam efeito por uns dias e, de repente, deixavam de fazer”. Daí, o médico aumentava a dose.

Deitada no fundo do poço
Na tentativa de encontrar uma saída, Leni passou a frequentar um centro religioso, apesar dela e de toda a sua família serem católicos.

Mas nem os rituais que praticava nesse centro trouxeram o alívio que ela desejava. Com o passar do tempo, sua situação foi ficando cada vez pior, pois ela já não conseguia trabalhar nem cuidar da família e, por causa disso, desejava morrer: “fui perdendo a memória porque tomava muito remédio forte. Minha mente zerou e não funcionava para fazer mais nada. Parei de exercer minha profissão por um bom tempo. Eu não tinha paciência com minhas filhas nem com meu marido. Eu fazia alguma coisa e deitava. Eu não tinha coragem de tirar minha vida com as próprias mãos, mas pedia para que acontecesse um acidente para que eu morresse. Cheguei a ter vontade até de tomar um remédio e ir para as matas para morrer longe sem dar trabalho à família. Fiquei assim por seis anos, no fundo do poço”.

A saída
Sem conseguir dormir, todas as vezes que seu marido, que era metalúrgico, saía para trabalhar, por volta das quatro horas da manhã, Leni ligava a TV para se distrair. Foi assim que ela se deparou com um programa da Universal. As palavras e os testemunhos aos quais assistiu chamaram sua atenção e, durante um mês, todos os dias, ela esperava que o marido saísse para o trabalho e assistia escondida ao programa. Isso ocorria porque a família católica tinha preconceito contra igrejas evangélicas. “Eu ficava torcendo para que ele saísse logo para poder assistir ao programa. Eu ficava pensando: ‘meu Deus, onde é essa igreja que pode me curar?’”, lembra.

O encontro

Certo dia, Leni tomou coragem de ligar para o número que era falado na TV e pedir o endereço da igreja mais próxima. Imediatamente ela foi ao local, mas não encontrou a Casa de Deus. Ela passou em frente à fachada várias vezes, mas não conseguiu enxergar a Universal. Sem desistir, ela saiu no segundo dia, determinada a encontrar a igreja, mas nem sequer lembrava que o nome era Universal. Mesmo assim, sua perseverança a fez encontrar o local e o Pastor a convidou para entrar. Ela não quis, respondeu que queria apenas conversar. Ao ser questionada sobre qual era o problema que a afligia, o pranto foi inevitável. “Eu chorava sem parar, aí ele me deixou à vontade”, conta.

Depois do choro, ela explicou a ele: “Pastor, eu tenho vontade de morrer, mas não tenho coragem de tirar minha vida. Então, peço para que aconteça um acidente comigo”.

Depois de ouvi-la, o Pastor a convidou até o Altar e orou por ela. “Cheguei feliz em casa. A partir daquele dia vi que eu teria que resolver esse problema. Éramos eu e Deus”.

Fogueira Santa
Naquele período acontecia a campanha da Fogueira Santa de Israel e Leni entendeu que era a oportunidade de dar um basta naquele problema que trazia consigo há tantos anos. Ela decidiu entregar toda a sua vida para Deus e viver, a partir daquele dia, de acordo com o que Palavra dEle ensinava.

Leni conta que, após a entrega, desceu “diferente” do Altar: “eu falei: a partir de hoje nunca mais desejarei minha morte porque eu não tenho coragem nem tenho direito de tirar minha vida. Falei para Deus que eu não aceitava mais que essa maldição continuasse na minha família”.

Logo Leni se batizou nas águas e, poucos meses depois, recebeu o Espírito Santo. “Dali para a frente nada mais me segurou. Morri para o mundo e vivo hoje na Presença de Deus. O Espírito Santo foi todo o remédio para o meu corpo, a minha alma e a minha família. Eu comecei a dormir à noite, aos poucos tirei os remédios e minha saúde foi restaurada. Seis meses depois eu já voltei a costurar, a saúde da mente voltou completamente e hoje está melhor do que era antes. O Espírito Santo cancelou todas as maldições da minha vida e de todos os meus familiares. Não existe mais caso nenhum de depressão na família. Saí da maldição e hoje estou na bênção.”

Já faz 25 anos desde que ela encontrou a ajuda de que precisava na Universal. Desde então, ela ajuda pessoas que estão sofrendo como ela sofreu um dia. “Apesar da idade que tenho hoje, minha saúde é de uma jovem”, comemora Leni, que continua exercendo sua atividade.

Ela afirma que, se não fosse a Presença de Deus em sua vida, nada disso seria possível. E a prova são as lutas que ela tem superado ao longo desses anos. Nos últimos cinco anos, seu esposo e uma de suas filhas faleceram, mas essas perdas não a abateram, como aconteceu quando seu pai morreu. Ela segue forte e convicta na sua fé: “minha maior bênção é o Espírito Santo. Ele é tudo na minha vida: minha rocha, fortaleza e maior riqueza”, conclui.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: cedida e getty images