Na Nicarágua, perseguição contra cristãos se aprofunda

Devido ao regime autoritário, cristãos têm sido cada vez mais perseguidos no país. Veja

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As falsas acusações contra cristãos e pregadores do Evangelho têm sido constantes na Nicarágua. Isso parte do próprio governo autoritário, que considera o Cristianismo uma ameaça para o país.

O que aconteceu:

O cidadão norte-americano, Jon Britton Hancock é um desses cristãos acusados injustamente na Nicarágua. Ele realiza um trabalho missionário há 20 anos no México e na América Central, e em 2013 expandiu seu trabalho para a Nicarágua.

Agora, junto com a sua família passará por julgamento, por falsas acusações de crime organizado e lavagem de dinheiro.

Assim como ele, seu filho, sua nora e mais 11 pastores também foram acusados ​​e alguns até presos pelos supostos crimes.

“Nosso povo diz que a Igreja é encorajada e unificada e não é enganada. Eles entendem que todas as acusações são falsas e estão tentando fazer com que nos declaremos culpados e por todas as coisas que eles fazem, e que nós não vamos fazer”, afirmou Hancock. 

O que você precisa saber:

O ministério de Hancock, inicialmente, teve permissão do governo para permanecer no país, porém, as atitudes das autoridades mudaram de forma drástica, depois que os missionários cristãos organizaram eventos que reuniram um grande número de cristãos e pessoas de origens diferentes, que buscavam a Jesus.

De acordo com informações do International Christian Concern, o governo da Nicarágua chegou a divulgar um aviso internacional sobre Hancock e sua família, decretando a sua prisão.

“Seis países disseram, ok, se vierem aqui, iremos prendê-los e extraditá-los para a Nicarágua”, contou ele.

Os países que afirmaram isso foram Cuba, Venezuela, Equador, Brasil, Honduras e México.

Alerta preocupante:

A perseguição contra cristãos tem se agravado na Nicarágua durante anos e a tendência é aumentar ainda mais, devido ao regime autoritário e esquerdista do presidente, Daniel Ortega.

Assim, como já aconteceu em outros países, governos esquerdistas se sentem ameaçados pela unificação de qualquer grupo, incluindo os religiosos. E o mesmo tem acontecido no país, onde ao longo dos anos, Ortega adquiriu uma forma de paranoia ditatorial, passando a  prender, exilar ou intimidar qualquer pessoa vista como uma ameaça potencial ao seu poder, incluindo jornalistas, líderes da oposição, membros do clero católico ou qualquer pessoa que mantém opiniões divergentes em relação ao seu governo.

Contudo, os cidadãos do país têm ficado insatisfeitos com as políticas governamentais cada vez mais repressivas do regime de Ortega.

Na Lista de Perseguição Mundial:

Conforme a Lista Mundial de Perseguição, do Portas Abertas em 2024, “o presidente Ortega continua a ver os cristãos como inimigos do governo, e mudanças recentes na lei foram usadas para rotular os líderes da igreja como terroristas. Eles foram perseguidos e presos, e as igrejas são ferozmente monitoradas.”

Atualmente, a Nicarágua ocupa o 30º lugar nesta lista, estando entre os país que mais subiram no ranking, saindo do 50º lugar em 2023, para o 30º em 2024.

“Há um mover de Deus que, realmente, começou em 2023 e eles não podem impedir isso. Sei que Deus, literalmente, abalou toda a nação e estou convencido de que isso continua”, declarou Hancock.

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