Na Samaria dos dias atuais

Seduzida pelas bênçãos e no afã de adquirir estabilidade, Jane de Carvalho perdeu seu referencial espiritual

Imagem de capa - Na Samaria dos dias atuais

Foi em meados de 2005 que a analista de cobrança Jane Araújo de Carvalho, de 44 anos, foi à Universal pela primeira vez. “Eu me libertei do vício em bebidas alcoólicas, do vazio e toda tristeza que carregava no meu interior. Cheia de complexo de inferioridade, eu achava que não tinha nenhuma capacidade de progredir na vida. Esses conflitos me traziam amargura”, diz.

Ela conta que a primeira mudança que obteve ao aprender sobre a Fé aconteceu justamente em seu interior: “venci o complexo, os medos, as dúvidas e as incertezas. A partir do momento que fui me envolvendo cada vez mais com a Fé, passei a ter paz”.

Essa experiência com Deus fez com que nascesse dentro dela o desejo “de sair pelas ruas falando do Senhor Jesus, para que as pessoas pudessem conhecer o Deus que eu conheci”, narra. Ela se tornou obreira, mas, depois de quatro anos, seu compromisso em servi-Lo não foi suficiente e a Presença dEle deixou de ser prioridade.

Ao flertar constantemente com pensamentos, até então coerentes, de obter uma vida melhor, pouco a pouco Jane se viu cada vez mais propensa a satisfazer suas ambições. “Por querer uma vida melhor financeiramente, comecei a me dedicar para colher resultados. É dessa forma que muitos, assim como eu, se enganam, pois, ao inverter o foco, se deixam apagar, espiritualmente falando, se enfraquecem e perdem o desejo de estar aos pés do Senhor Jesus. Em busca de estabilidade, me afastei da Igreja e da Presença de Deus”, confessa.

As concessões

Durante o afastamento, Jane abriu concessões, como relata: “comecei a me envolver novamente com bebidas alcoólicas, baladas e más companhias. Passei a gastar meu salário comigo mesma. Era uma tentativa de preencher aquele vazio que retornou para dentro da minha alma. Em uma dessas saídas, me deparei com algumas mulheres combinando de me agredir, mas eu não sabia o motivo. Essa surra de fato aconteceu. Me vi no chão, caída, pois recebi um golpe na cabeça e, ao colocar a mão nela, jorrava sangue. No outro dia, veio a reflexão sobre o que eu estava fazendo. Aquela vida não era para mim”.

Sentiu sede

Ao todo, ela ficou 12 anos longe da Presença de Deus e, cansada da realidade que forjou, ela procurou a Universal mais próxima, há três anos. “Deus me deu mais uma oportunidade para voltar aos braços dEle.Por dentro, eu estava amargurada, destroçada e sem perspectiva. No entanto, era visível o cuidado de Deus e Sua orientação. Aquela realidade não era para mim e, mesmo assim, insisti no erro de continuar naquela vida de noitadas. A alegria que eu sentia era momentânea e, no dia seguinte, eu amanhecia arrasada e triste. Então, o que me levou a voltar foi que eu queria ser feliz por inteiro e não pela metade. Comecei a mergulhar na Palavra de Deus, recebi o renovo espiritual e, com o batismo no Espírito Santo, tive a convicção de que Deus estava sobre mim. O Espírito Santo é tudo e, sem Ele, não conseguimos permanecer na Presença de Deus.”

Ela reitera que não são as conquistas ou as bênçãos, mas o Espírito Santo Quem completa a vida de qualquer pessoa: “quando O temos, temos forças para poder combater o mal e, se os problemas surgirem, estaremos fortes e alicerçados na Fé. É como aquela mulher de Samaria (descrita no capítulo 4 do livro bíblico de João) a quem Jesus disse que ‘aquele que beber da Água que Eu lhe der nunca terá sede’. Assim estava minha vida: eu necessitava, estava com sede dessa Água, que é o Espírito Santo. Ele é a maior fonte de alegria que podemos ter. Hoje sou uma mulher feliz, realizada e tenho paz, pois meu interior foi transformado”, encerra.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Demetrio Koch