Não baixe a guarda e se mantenha vigilante
Guilherme Heringer Cesar, de 22 anos, era um jovem estudante do segundo ano de medicina em Vila Velha, na Grande Vitória (ES), onde morava com sua família no bairro praiano de Itapuã. Até onde todos sabiam, ele e os pais – o médico urologista Paulo de Oliveira César, de 68 anos, e a mãe, Raquel Heringer Cesar, de 61 – eram uma família evangélica muito querida e atuante na denominação que frequentavam.
Justamente por essa boa imagem, o espanto foi ainda maior quando foi divulgada a notícia, no dia 4 de agosto, que Guilherme havia, segundo a polícia, matado os pais a facadas, mandado uma mensagem pelo celular a um parente para confessar que fez “uma besteira” e se suicidado em seguida.
O fato, já hediondo em si, se agravou ainda mais com a cena do crime: pelo apartamento, em tinta vermelha, foram pintadas cruzes invertidas em paredes, portas e espelhos, assim como o número 666, ou somente o 6, referência apocalíptica a satanás. Na sala, sobre um bufê, um pentagrama em vermelho, outro símbolo satânico, acompanhava uma Bíblia rasgada com vestígios de cinzas e uma garrafa de vinho vazia. Na frente do móvel, uma mesinha de centro pintada grosseiramente e com os dizeres, sem pontuação, “festejai ó céus o diabo desceu até vós pouco tempo lhes resta”. O texto diz respeito a Apocalipse 12.12: “Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” (versão Almeida Corrigida Fiel). A página da Bíblia em que o versículo estava escrito foi rasgada e nela foi escrito “ele me obrigou”, como se Guilherme creditasse ao diabo seu crime.
Guilherme passava por um tratamento por causa de problemas psiquiátricos, inclusive depressão potencializada pela pandemia de Covid-19, segundo parentes relataram à imprensa capixaba. Sua irmã, médica legista residente no Canadá, que não teve o nome revelado pela imprensa para preservar sua privacidade, não conseguiu acreditar no ocorrido no primeiro momento, ficou em choque e se pôs a caminho do Brasil assim que soube.
Como uma família considerada cristã devotada passou por isso? É o que muitos se perguntam nesse momento. Acontece que, sem uma vigilância constante, o diabo pode pegar qualquer pessoa em suas armadilhas, mesmo membros assíduos e atuantes em igrejas como essas vítimas – Paulo era, inclusive, pastor em sua denominação.
“Muitos já conheceram a Deus, mas não é por isso que devem subestimar o diabo”, esclarece o Bispo Edir Macedo em seu blog. “Ele (o diabo) está por toda parte e, inclusive, deseja levar os que não são dele. Trama sempre algo o tempo todo. Por isso, não se deve baixar a guarda.” O Bispo lembra, no entanto, que “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa”, como está escrito em Salmos 91.1-3.
“O que é esse laço?”, questiona o Bispo, que esclarece: “trata-se de uma armadilha usada pelo diabo, que faz a pessoa laçada ficar presa nele. Os laços dele não vêm de forma abrupta, mas em um discurso politicamente correto. O diabo é sedutor, educado e tenta laçar aqueles que são de Deus com um conselho aparentemente bom. Se a pessoa cai nesse laço, como ela consegue se livrar? Humilhando-se diante de Deus, arrependendo-se do pecado e abandonando-o. Então, Deus a perdoa e pode livrá-la, mas ela também colherá o fruto desse pecado.”
No caso da família em questão, o fato de um membro dela ter caído nessas armadilhas primeiramente – inclusive com problemas psiquiátricos – foi o suficiente. Provavelmente, a família não percebeu a tempo o tamanho do mal plantado em sua própria casa, hoje um cenário de horror. Vale lembrar que o versículo citado por Guilherme mostra que o mal está desesperado no Fim dos Tempos, pois sabe que o ser humano nascido de Deus vai conquistar o que ele perdeu e nunca mais alcançará e, por isso, quer causar o máximo possível de danos antes da queda final. Fique em alerta: não baixe a guarda, se mantenha vigilante e em sintonia fina com Deus. Todas as
sextas-feiras na Universal travamos uma guerra com as forças espirituais do mal e vencemos. Se informe e participe.