Não deixe a insegurança atrapalhar o seu negócio

Durante muito tempo este sentimento prejudicou o crescimento profissional de Francisco Paiva. Veja como ele aprendeu a vencê-lo

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A instabilidade econômica leva muitas pessoas a ficarem inseguras na hora de tomar decisões. Aquelas que estão empregadas têm medo de mudar de trabalho, profissionais liberais desistem de oportunidades e empresários ficam receosos de investir.

Apesar desse cenário contribuir para a insegurança, muitos profissionais já possuem esse traço como característica de personalidade. “Ela é um sentimento de incerteza em relação a si mesmo. É quando a pessoa está sempre duvidando de suas capacidades”, explica a psicóloga e coach Clarice Barbosa.

O empreendedor inseguro se mostra indeciso, hesitante e confuso na administração de sua empresa e de seus serviços ou produtos. “Ele não consegue dar uma direção a uma situação e muitas vezes toma decisões impulsivamente”, ressalta Clarice.

Por causa desse sentimento, toda a administração da empresa é afetada, mesmo que o empreendedor seja uma pessoa destemida. “Ter coragem é importante para empreender. Mas isso não é suficiente para garantir o sucesso. Para mantê-lo é preciso ter habilidades para administrá-lo”, destaca a especialista.

Empreendedores que sentem insegurança geralmente não têm dinamismo em suas ações. A consequência desse comportamento pode ser a perda de um prazo ou o agravamento de uma crise.

Superar isso é fundamental para fazer a empresa prosperar. “É importante construir uma imagem profissional baseada em seus pontos fortes. O líder precisa reconhecer em que está errando para se corrigir”, recomenda a psicóloga.

Iniciativa e problemas

O empresário Francisco Paiva, de 40 anos, (foto ao lado) hoje tem um negócio próprio bem-sucedido, mas precisou aprender a lidar com a insegurança. Ele começou a trabalhar como estoquista quando ainda era adolescente, depois da morte de sua mãe. Essa responsabilidade prematura o forçou a se dedicar ao emprego quando ainda não tinha nenhum preparo e, por isso, a insegurança o acompanhava.

Após a doença do pai, Francisco se viu obrigado a sair do emprego em que já ocupava um cargo de gerente para se tornar microempresário. Mesmo com medo de que não desse certo, ele inaugurou sua primeira loja.
Contudo, a falta de preparo como empreendedor lhe trouxe prejuízos. “Eu não tinha capital de giro, as vendas eram poucas e não tinha muitos clientes”, destaca.

Francisco seguiu com a empresa por mais oito anos, adquiriu experiência e, em 2008, decidiu dar um passo maior no seu negócio: ter a sua própria marca de confecção feminina. Era um desafio em que ele precisava agir com segurança. Mas não foi isso o que aconteceu. “Após iniciar o projeto de ter a grife, as dificuldades aumentaram, pois era um negócio diferente”, conta.

Apesar das dificuldades, inaugurou a Mamô Brasil com lojas no setor de atacado e algumas unidades voltadas ao consumidor final. Entretanto, a insegurança o levou a tomar decisões erradas e Francisco acabou contraindo dívidas altas. “Quando você não acerta, não vende e, logicamente, também não consegue honrar seus compromissos”, alega.

Sem a orientação correta, as incertezas aumentavam ainda mais e afetavam a administração da empresa. “Eu andava angustiado e preocupado com tudo. Parecia que tudo que fazia não dava certo”, diz.

A solução

Francisco tinha muitas lojas, porém não conseguia encontrar a solução para quitar suas dívidas. A sua incerteza fazia com que os erros cometidos gerassem mais preocupação. Era um círculo vicioso.

A convite da esposa, ele começou a frequentar as palestras do Congresso para o Sucesso, na Universal, e aprendeu o que precisava fazer para superar os problemas. “Entendi que o medo e a insegurança fazem parte da vida, mas que o desafio é gerenciá-los dentro da gente. Passei a usar a fé em Deus e a desenvolver autoconfiança”, alega.

O empresário conseguiu dominar os sentimentos. “Aprendi a ter equilíbrio diante das circunstâncias, mantenho o foco nas tarefas, desenho metas pessoais coletivas com base na realidade e espero a hora certa para agir”, aponta.

Assim, ele quitou as dívidas, passou a administrar adequadamente as lojas e conseguiu inaugurar mais quatro. A insegurança passou a não ser mais empecilho para ele. “Nunca trabalhei com importação, mas hoje metade do que fazemos é desenvolvido em outros países. Não sabia falar inglês, agora sou responsável por toda essa operação. Não estudei para isso, porém decidi crer que era possível progredir”, salienta.

Hoje, Francisco tem 12 lojas, mais de 100 colaboradores, casas, carros e uma vida próspera. Contudo, sua melhor aquisição foi a segurança interior para trabalhar. “A paz é a certeza de que tudo vai dar certo, porque Deus está comigo. O medo sempre aparece, mas aprendi a não deixar que ele me domine”, finaliza.

Quer aprender a enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho e se tornar uma pessoa vencedora? Então, não perca o Congresso Para o Sucesso, que acontece às segundas-feiras, no Templo de Salomão. Para encontrar uma Universal mais próxima de você, acesse localhost/enderecos.

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Colaborador

Por Janaina Medeiros / Fotos: Demetrio Koch