Não deixe que sua família seja atacada e destruída

A família é um projeto Divino, mas ultimamente tem sido cada vez mais ameaçada por situações de dor e sofrimento. Veja como combater isso e ter um "pedacinho do Céu" em seu lar

Imagem de capa - Não deixe que sua família seja atacada e destruída

A família é um projeto de Deus: “Deus é Família. Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. Ele projetou a raça humana para viver em família. O ser humano pode até viver sozinho, mas será infeliz por fugir do padrão instituído pelo Senhor. Na Família de Deus não há a figura da mãe, Ele é autoexistente, mas, na humana, a mulher completa o homem”, escreveu o Bispo Edir Macedo em seu blog.

Por ser um projeto Divino, a vida familiar é essencial até para a sociedade, contudo ela vem sendo atacada.

“Essa estrutura familiar seria a base de todo o desenvolvimento na face da Terra. Todas as conquistas de um seriam as do outro. A família terrena foi projetada para refletir a Família de Deus, mas o projeto Divino como um todo foi corrompido”, afirmou o Bispo. Segundo ele, Deus tem procurado restituir as famílias conforme o Seu projeto: “o Espírito de Deus tem buscado pessoas para constituir famílias que exalem o perfume da Família de Deus neste mundo”.

Corroborando com o que diz a Palavra de Deus, o célebre jurista brasileiro Ruy Barbosa (1849-1923) disse que a família é a célula mater (mãe, em latim) da sociedade, ou seja, o início de tudo. Nela, aprendemos as regras de convivência que nos permitem nos relacionarmos fora da esfera familiar: na escola, no trabalho, no casamento, nas amizades, etc. Por isso a família é tão atacada. Fragilizando a base, toda a estrutura cai e pessoas desestruturadas são um prato cheio para a decadência moral, que devora suas vidas e as entrega de bandeja à ruína.

Com todo o poder de Deus na Pessoa do Senhor Jesus, o Pai O fez nascer entre os humanos justamente em uma família. Foi com Maria e José que Jesus aprendeu a depender de alguém para ser alimentado e protegido.

Eles Lhe ensinaram as primeiras palavras, O orientaram sobre a educação e o respeito, deram-Lhe tarefas em casa e Lhe ensinaram o valor do trabalho, como a carpintaria, aprendida com o pai. Aquele casal simples de Nazaré fez com que o Messias entendesse a importância de uma família estruturada.

Sem família, sem estrutura
O advogado Carlos Alexandre Ribeiro, (foto abaixo) de 31 anos, explica que “uma criança ou um adolescente que cresce com uma família desestruturada, sem harmonia e arruinada tende a buscar refúgio em amizades erradas, envolvimentos amorosos conturbados, jogos, vícios, etc. Ela tenta preencher aquele vazio, mas encontra mais desarmonia e é levada a comportamentos inadequados, aos vícios ou até à morte”.

Carlos destaca que “nenhum desses relacionamentos preenche a falta de uma família e, dessa forma, a sociedade padece. Muitas famílias estão se formando sem nenhuma estrutura, sem a instrução verdadeira de um marido, uma esposa, um pai, uma mãe, mesmo que essa instrução seja contrária ao que a pessoa quer ouvir, mas boa para ela”.

Resultados da carência
A experiência pessoal de Carlos mostra que ele não se baseia só em teoria jurídica: “fui criado sem a figura paterna, sem saber quem era meu pai e, aos 13 anos, perdi minha mãe. Não tive contato nem com os meus avós. Fui morar com uma irmã mais velha e pensei que com ela teria algo parecido com o amor de mãe, mas não foi isso que aconteceu”.

Ele lembra como a carência de não ter de fato uma família estruturada o afetou: “eu sofria muito com asma e, ao tentar dormir, sentia algo me sufocando. Preocupado por não conseguir respirar, eu quase não dormia.

Então, tive síndrome do pânico. Aceitei um convite para ir à Universal e fui, mas, ao voltar das reuniões, minha irmã, em sinal de protesto, trancava a porta e me deixava dormir fora de casa. Aquilo me marcou, pois eu só queria ir à Igreja”.

Quando sofreu um acidente doméstico, ele quase perdeu a perna e se viu sozinho mais uma vez. “Fiquei internado e ninguém da família telefonou ou foi me visitar. Ao receber alta, não havia ninguém para me buscar. Então decidi morar sozinho, mas passei fome e tive a água e a energia cortadas.”

Contudo, mais forte do que a luta contra as dificuldades financeiras, era a travada contra o seu interior: “eu estava em um relacionamento, mas parecia que nem estava. Um pastor me explicou que, se eu me relacionava com alguém e ainda assim sentia rejeição e carência, era porque eu não tinha verdadeiramente um relacionamento com Deus. Eu depositava meu coração em uma pessoa que me dava uma migalha de carinho”.

No mesmo dia que Carlos ouviu essas palavras, ele terminou o namoro. “Tive certeza de que Deus seria comigo se eu O quisesse de verdade e eu O quis. Ouvi claramente dEle: ‘sou contigo, Meu filho’. E a única pessoa que tinha me chamado de filho antes foi minha mãe.”

Apesar de a guerra continuar intensa do lado de fora, Carlos olhou para dentro de si. “Não havia mais carência. Mesmo que as pessoas ainda me humilhassem, Deus me fortalecia.” Ele começou a cursar a faculdade de Direito, “onde zombavam de mim por saberem que eu ia à Universal”, mas perseverou, “pois eu não aceitava ter um Deus tão grande e uma vida tão pequena”. Carlos concluiu a faculdade e se casou com Tatiana, com quem tem uma relação sem carências, pois os dois se mantiveram focados em priorizar a Deus.

Certo de seu compromisso com Deus, Carlos instalou seu escritório em seu quarto, com um velho computador usado, e foi prosperando. “Com muita luta, votos no Altar e o objetivo de glorificar o Nome de Deus, tudo foi mudando. Tenho meu escritório e uma empresa de intermediação de atletas de futebol.” Hoje, Tatiana tem um estúdio de fotografia e, como prosperidade não significa conquistas materiais, ele pôde ver também a mudança em sua família. “A mesma irmã que me deixava dormir fora de casa me conduziu ao Altar no dia do meu casamento. Ela é uma mulher de Deus e participamos muito da vida um do outro. Hoje tenho a paz familiar que me foi acrescentada porque busquei a Deus antes de tudo.”

Agora que Carlos tem uma família, o objetivo dele é “abaixo de Deus, priorizá-la. Quem olhar para minha esposa e para mim deve ver Deus. Minha casa deve ser vista como uma amostra do Céu, onde o Espírito do Senhor Jesus habita”, conclui.

Sem achar a felicidade
Jorge de Lima, (foto abaixo) de 52 anos, servidor público, sentiu na própria carne a infelicidade das alternativas que ferem o padrão de família Divino. Ele foi abusado sexualmente na infância por um padre da paróquia que frequentava e, durante 35 anos, se relacionou com homens. Jorge diz: “no mundo em que eu vivia, eu achava que só seria feliz com um homem e buscava um relacionamento com fidelidade, cumplicidade, companheirismo, amizade, respeito e consideração”.

Jorge, no entanto, não encontrava a felicidade. “O ápice de meu sofrimento aconteceu em um domingo em que traí a pessoa com quem me relacionava. Foi como abrir uma velha ferida. Pensei ‘meu Deus, esse sofrimento não pode continuar’.”

Na quarta-feira da semana seguinte, assistindo à TV, algo o atraiu: “um homem de Deus da Universal dizia que eu poderia ter uma vida amorosa realizada. Houve um conflito interior e uma voz me dizia: ‘para você não tem jeito, pois esses testemunhos são para casais de homem e mulher’ e eu achava mesmo impossível que algo mudasse”.

Mas Jorge tomou uma decisão: “resolvi aceitar o convite e o desafio e fui à reunião. Bastou eu pôr os pés na catedral e imediatamente senti uma paz espantosa. Foi o meu Encontro com Deus. Nunca tinha sentido aquilo em nenhum lugar. Me espantei mais ainda porque eu era um crítico contumaz e agressivo da Universal”.

O preconceito que ele tinha contra a Igreja se desfez. “Em momento algum eu fui criticado ou sofri algum tipo de preconceito quando souberam de minha condição na época. Foi uma acolhida real dos pastores e dos obreiros que me passavam uma palavra de fé. Então, com a paz que encontrei, saí de lá diferente. Consegui dormir muito bem, pois antes tinha pesadelos e insônia”, revela.

Foi assim que o aprendizado de Jorge com Deus começou. “Percebi que mais importante do que me livrar dos vícios e das más relações era ter uma Aliança com Deus. O Altíssimo ia me convencendo de que havia algo muito precioso dentro de mim que Ele queria, mas que eu não sabia, que era a minha alma, e que, se eu me entregasse de alma, corpo e espírito a Ele, eu seria um homem completo.”

Depois de sua entrega, ele recebeu o Espírito Santo: “quando Ele veio sobre mim, tive certeza de que eu Lhe pertencia, não foi um sentimento”. Para ele, sua mudança aconteceu “exatamente como o Senhor Jesus falou: ‘buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’. (Mateus 6.33)”.

Pouco depois, ele conheceu Josebete, de 45 anos, que também tinha sofrido vários anos em relacionamentos e que encontrou em Deus a cura interior. “Descobri que depois de minha vida com Deus, com Seu Espírito, a área que precisava ser preenchida era a familiar. Deus então me deu Josebete como esposa e ela nunca duvidou da minha entrega, apesar de saber do meu passado. Tenho o privilégio de acordar todos os dias ao lado da mulher mais linda do mundo”, conta. Ele também celebra sua transformação: “hoje posso dizer que sou um homem à imagem e semelhança do meu Pai. Vivo os melhores dias de minha vida, o que não consegui durante muitos anos”, finaliza.

Maldição hereditária
Mais velha de sete irmãos, Catia Pereira, (foto abaixo) de 44 anos, presenciou o esfacelamento de sua família. “Depois de 14 anos de casamento, meus pais se separaram. Minha mãe era dona de casa e a pensão de meu pai mal dava para a comida. Passávamos fome e chegamos a pedir alimentos aos vizinhos. Era miséria onde antes havia abundância”, declara.

Catia diz que sofria muita humilhação: “minha mãe começou a trabalhar e perdemos a referência do que era realmente uma família. Nos tornamos pessoas muito ‘pé atrás’ nos relacionamentos. Uma das minhas irmãs, inclusive, nutria raiva pelo meu pai e nunca mais confiou em homem nenhum. Eu agia de forma parecida e escolhia muito mal meus parceiros. Eu me envolvia com homens comprometidos, que eram apenas instrumento de diversão para mim. Eu sentia prazer em ver alguém gostar de mim e fazê-lo sofrer”.

Ela diz que cresceu sem a expectativa de ter uma vida familiar feliz. “Me relacionei com um homem por 15 anos e passei pelo mesmo sofrimento que minha mãe passou. Meu marido na época bebia muito, me agredia verbal e fisicamente, me traía e deixava faltar tudo em casa. Ficávamos no separa e volta”, lembra.

O casamento dela ficou ainda pior: “eu não sabia o que era amor, nem respeito e companheirismo. Chegou um momento que me tornei a provedora do lar, pois meu marido gastava o que recebia em bebidas, cigarros e mulheres”, diz Catia, que, por encarar o papel de chefe da família, se tornou autoritária com familiares e colegas. “Eu queria mandar em todo mundo, me achava autossuficiente e não queria me submeter a ninguém. Cheguei a ter 500 subalternos no trabalho no ramo automotivo e, quando eram homens, eu fazia questão
de humilhá-los.”

Ao conhecer a Universal por volta dos 40 anos, Catia começou a mudar seu pensamento: “fui apresentada a outro tipo de amor. Eu batalhava por várias áreas, mas nem pensava em me casar novamente, e minha filha, Maria Clara, nem fazia mais ideia do que era uma referência paterna”. Eis que um pastor a questionou sobre casamento. “Eu não sabia como era ser auxiliadora de um marido. Então vivi uma batalha contra aquela mulher controladora e autoritária que tinha criado dentro de mim.”

Na Terapia do Amor, ela se curou das feridas e reconheceu o seu papel na família. “Tive um interesse genuíno de conhecer um homem de Deus e de permitir que ele cuidasse de mim. Entendi que os homens não me viam como mulher de valor porque eu não permitia.”

Ela então conheceu Silvanei Pereira, de 42 anos, que teve uma história de vida amorosa anterior parecida com a dela. “O Espírito Santo me mostrou que eu não estava presa aos meus traumas e era uma nova pessoa, com uma nova oportunidade. Nos casamos e passei a ter uma referência de família, de marido, assim como minha filha tem de pai. Ele participa de nossas vidas, dá opiniões e cuida de nós.”

Catia conta como agora sua família reflete a Família de Deus: “nosso casamento foi fruto de uma Fogueira Santa e meu marido e eu hoje nos completamos. Atuamos no mesmo ramo profissional e sem discórdia. Deus me abençoou com o melhor do Altar: primeiro o Espírito Santo e depois meu esposo. Nos desertos, sei que ele está ao meu lado me incentivando”. Ela agora sabe que havia uma maldição hereditária em sua família: “a quebrei com a ajuda de Deus e hoje minha filha tem uma referência sólida de casamento, o que a ajudará a formar sua família no futuro”, finaliza.

Carlos, Jorge e Catia lutaram para ter uma vida familiar feliz. Faça como eles e procure uma Universal. Não deixe sua família ser atacada por aquilo que lhe fará mal.

*COLABOROU: Núbia Onara.

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Colaborador

Redação / Fotos: getty images e Demetrio Koch