Não enterre o seu talento

Conheça a história do atleta Marcos Nunes, que desenvolveu a sua habilidade para a corrida na Força Jovem Universal

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Muitas pessoas pensam que ser talentoso tem a ver com virar uma celebridade, se apresentar ao redor do mundo ou questão de sorte. Não necessariamente. Todos têm uma habilidade, podem ser extremamente bons no que fazem, mas escondem o próprio talento por ter nascido em uma condição humilde, por não serem influentes ou por achar que não podem fazer a diferença onde moram. Diminuem-se, não investem em si e se limitam a fazer de um grande talento um simples hobby ou um sonho inalcançável.

Se você se identifica com essa descrição, pare agora mesmo. Veja o relato do piauiense Marcos Davi Nunes Santos, de 16 anos, e inspire-se.

As dificuldades do início

O jovem corre na modalidade de atletismo 5 quilômetros (km), 3 km e 2 km com obstáculo. Já foi campeão dos Jogos Escolares do Piauí, estadual e municipal, 1º lugar no Norte e Nordeste e 11º do Brasil na categoria menor (de 16 a 18 anos).

Atualmente, Marcos pode exibir medalhas, mas o seu início no esporte é humilde. “Percebi que tinha o talento para correr quando me atrasava para ir à igreja ou quando perdia o ônibus da escola. Eu ia correndo, no sol quente, e chegava quase junto com o ônibus. Então comecei a participar de competições e a vencer”, lembra.

Dessa forma, ele descobriu que tinha talento para correr longas distâncias, mas não encontrou facilidades pelo caminho. Por passar dificuldades financeiras, muitas vezes não podia sequer se alimentar antes das provas. “Participei de uma competição em que não tinha jantado no dia anterior, porque não tinha comida em casa. Eram 11 corredores, eu estava em primeiro, mas faltando 10 metros para acabar a prova não aguentei, pois não tinha me alimentado bem, e caí. Fiquei todo machucado, mas não desisti e ainda consegui ficar em terceiro lugar”, relata. Em um outro momento, seu tênis rasgou e, como não tinha dinheiro para comprar outro, decidiu competir descalço. Correu 8 km assim e chegou em primeiro lugar (veja foto acima).

Reviravolta

As coisas começaram a mudar quando o jovem conheceu o Projeto Esportes, da Força Jovem Universal (FJU), que deu o apoio que faltava para a sua carreira. “Eles me apoiaram e me abraçaram como uma família. Me ajudaram com cestas básicas e a me preparar melhor fisicamente. Eu era como um talento enterrado, mas o FJU me valorizou e hoje me sinto confiante até para competir nas Olimpíadas e representar bem o Brasil no futuro”, afirma.

Marcos é o exemplo de que por mais simples que seja a sua condição ou o início, é possível fazer o seu talento brilhar e aparecer. “Aos jovens que estão lutando para realizar os seus sonhos, não desistam, pois quem luta e coloca Deus à frente sempre alcança os seus objetivos”, conclui.

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Colaborador

Por Rafaella Rizzo / Fotos: Arquivo pessoal