A palavra Carnaval vem do latim “carna vale” que significa dizer “adeus à carne” o que parece contraditório, já que é no período de Carnaval que acontece as maiores orgias, nas quais os foliões se entregam sem reservas aos desejos carnais, tais como: traições, prostituição, promiscuidade, bebedices, uso de drogas, etc.

Carnaval e quaresma: 

Curiosamente essa festa popular está tradicionalmente ligada à igreja Católica, pois antecede a quaresma, período de 40 dias em que os cristãos católicos realizam jejuns e penitências em preparação para a chegada da Páscoa. Ou seja, existe todo um contexto espiritual envolvendo essa festa.

O Bispo Renato Cardoso faz um comparativo entre o Carnaval e uma despedida de solteiro: “Há homens que quando vão se casar, sabem que vão deixar as baladas, a vida de curtição, aí eles fazem com que possam dar vazão para tudo o que a carne deles não vai mais praticar, supostamente, após eles estarem casados. O Carnaval é exatamente o mesmo raciocínio”, destaca.

Festa da carne

Não é à toa que nos dias de Carnaval aumenta o índice de criminalidade, divórcios, de acidentes de trânsito, doenças sexualmente transmissíveis e a cidade vira um verdadeiro caos.

• “O diabo leva o Carnaval a sério, tão a sério que as casas de espíritos fecham nesta época. Isto é uma prática antiga. Desde os tempos antigos, quando havia a festa da carne, que levava as pessoas a extravasarem tudo o que estava dentro delas, os templos pagãos eram fechados para que as pessoas, quando fossem às ruas, se encontrassem com os espíritos que elas serviam”, explica o Bispo Renato.

Qual dessas é a sua posição diante do Carnaval?

O Bispo Renato explica ainda que as pessoas costumam ter uma dessas 3 posições em relação ao Carnaval:

• 1ª – Aqueles que dizem: “eu odeio o Carnaval”. Porém isso não impede que essas pessoas sejam afetadas, afinal de contas ela está inserida na sociedade que impõe isso para todos, então, direta ou indiretamente também sofrerá com os malefícios causados pelos acontecimentos dessa época.
• 2ª – Aqueles que dizem:  “eu sou neutro”. Da mesma forma que o primeiro também estará suscetível a toda negatividade dessa festa. Além disso, “quem cala, consente. Reveja isso”, aconselha o Bispo.
• 3ª – Por último, os que dizem: “eu gosto, não há problema algum”.  Nesse caso a pessoa é muito ingênua ou já foi envolvida pelo espírito que está solto no Carnaval. “As pessoas abrem o seu corpo e a sua mente para esses espíritos. Qual tem sido o resultado dessa sua inclinação para o Carnaval? Pense a respeito”, sugere.

Combate espiritual:

Portanto, cabe aos cristãos nesse período orar e se consagrar mais, pois é uma época de combate espiritual maior. Inclusive, se você gosta de aproveitar o feriado, cuidado! Prepare-se para resistir aos ataques que vêm nessa época.

Está escrito:

“A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” (Romanos 13:12-14).

Ou seja, se vista do comportamento do Senhor Jesus, não de uma fantasia.