Não seja vítima do pensamento pequeno
Muitas pessoas são escravas da própria mente e perpetuam situações difíceis que só a Fé lhes dá condições para deixar para trás
Muitas pessoas pensam que são vítimas da vida. Elas culpam a falta de oportunidades e de estudos pelo fato de conquistarem pouco ou quase nada e veem resultados mínimos em muito trabalho empenhado. Também dizem que a infância com poucas condições financeiras as limitaram e se orgulham de contar sua vida “humilde”, repetindo a narrativa como sendo a única verdade. A Bíblia mostra que Gideão era um homem que pensava dessa forma: “E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai.” (Juízes 6.15).
A autopiedade parece a alternativa que muitos encontram para se agarrar. Se encaram no espelho, muitas vezes, como Gideão, como pobres coitadas. São escravas de suas mentes e, sem saber, perpetuam uma situação que a Fé pode lhes dar condição de deixar para trás.
Essa força Gideão tinha, mas suas dúvidas e autocomiseração o amordaçavam.
Mas, pela história dele, vimos que é no Altar que a mudança é provocada – não como um passe de mágica muito menos como moeda de troca. O texto bíblico diz: “E edifica ao Senhor teu Deus um altar no cume deste lugar forte, num lugar conveniente (…). Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão o qual tocou a buzina (…).” (Juízes 6.26-34). Gideão, que antes malhava o trigo no lagar (Juízes 6.11), agora, já era outro. Aquele que sacrificou a Deus escondido da família não estava mais preocupado com que os outros pensariam dele, pois sabia que sua Fé falaria por si.
VISÃO IGUAL, VIDA IGUAL
Durante uma palestra da Nação dos 318 no Templo de Salomão, em São Paulo (que acontece toda segunda-feira), o Bispo Allan Sena questionou: “qual é a sua reação quando você olha para sua vida econômica? Porque o sucesso e o fracasso estão nos seus olhos. Tem gente que olha para a casa onde mora, que chove mais dentro do que fora, e parece que está morando em uma mansão porque já se acostumou. Tem gente que se acostumou com a vidinha que vive e não há clamor que resolva. Se a sua visão não mudar, não tem como a vida mudar. A primeira mudança ocorre dentro de nós”, orientou.
PRIMEIRO PASSO
Maria Aparecida Crispim Vilela, (foto abaixo) de 36 anos, está na Universal há 11 anos. Ela chegou à Igreja convidada pelo seu namorado, hoje esposo, Cláudio Vilela. “Cheguei com uma vida arruinada em todos os sentidos. Na época, trabalhava de domingo a domingo em uma papelaria havia dez anos. Ganhava em torno de R$ 500. Eu não tinha vida e era escrava do trabalho”, descreve.
Participando das reuniões voltadas ao sucesso financeiro, sua mente foi se abrindo. “Não aguentava mais aquela vida de não conquistar nada e de pagar aluguel. Deus me deu uma ideia e decidi fazer um curso de cabeleireira.”
Ela não tinha condições de comprar os materiais e sua visão ainda era limitada. “Continuei fazendo meus propósitos de Fé e estava decidida, mas meu pensamento ainda era pequeno. Pensava apenas em trabalhar em um salão e, depois de cinco ou seis anos, abriria algo para mim. Contudo era um pensamento distante, pois não me via preparada para ter um. Porém, cada vez mais, Deus foi abrindo minha visão e mudando meu pensamento. Comecei a determinar: ‘vou conquistar e ter o que é meu’.”
“O DEUS QUE SIRVO É GRANDIOSO”
Maria Aparecida conta que a Fé que lhe foi apresentada era uma novidade. “Quando ouvi a Palavra de Deus, entendi que era uma oportunidade de mudar de vida. Eu queria, acima de tudo, minha transformação interior. Eu era cheia de mágoas e de traumas e não acreditava no amor. Meus pensamentos eram que eu não conseguiria, mas eu queria mudar tudo aquilo. Recebi o Espírito Santo em uma campanha da Fogueira Santa e comecei a enxergar grande porque o Deus que sirvo é grandioso.”
PRIMEIROS PASSOS
Logo que se formou no curso, Maria Aparecida recebeu duas propostas de emprego para atuar como cabeleireira e não mais como auxiliar, como costumava acontecer. “Parecia que já trabalhava há anos. Fui com meus medos, claro, mas Deus foi tirando tudo aquilo de mim. Fui enfrentando os obstáculos”, diz. Nesse processo, ela precisou lutar também contra o desânimo. “Teve momentos que quis desistir e o Pastor falava que ia dar certo e que eu tinha que ir em frente.”
Em três anos, ela abriu seu salão em um espaço pequeno. “Comecei com um lavatório e um espelho que ganhei da minha antiga patroa, que tinha acabado de fechar o salão por falência. Não tinha dinheiro para comprar produtos, mas fui na Fé.”
Ela também não ficou intimidada com as pessoas lhe dizendo que seu projeto não daria certo. “Minha família falou que eu era louca e jogava balde de água fria. Éramos Deus, eu e o meu marido.”
Aos poucos, ela foi agarrando as oportunidades e o salão foi crescendo. “Troquei todos os móveis e fui para um salão de 186 metros quadrados, algo que jamais imaginei. As pessoas me perguntavam se eu continuava sendo a dona. Foi a mão de Deus. Ele sempre tem planos maiores do que os meus. Foi assim desde o começo”.