Não te julgo, te ajudo: confira como foi o Mega Help

Um gigantesco evento de valorização da vida realizado pelo projeto, que ajudou inúmeras pessoas. Saiba mais

Aconteceu, no sábado (24), o maior evento de valorização da vida: o Mega Help. Mais de 30 mil pessoas, vindas de diversas cidades do estado de São Paulo, ocuparam o Sambódromo do Anhembi, na capital paulista.

Por que é importante:

A ideia de realizar esse evento surgiu, acima de tudo, por conta do crescimento de problemas de ordem emocional e mental no pós-pandemia.

O “Setembro Amarelo” é um mês de reflexão sobre o valor da vida e do combate à depressão e ao suicídio. Assim, o evento também aconteceu em outras datas de setembro em mais 16 cidades brasileiras e em outros 17 países.
“Queremos ajudar as pessoas a verem que este problema, com toda a certeza, tem solução. Vindo aqui elas receberão ajuda, sem julgamento, e, dessa forma, entenderão que esse problema que enfrentam não é o fim, que podem superar”, disse Cadu Souza (foto acima, à direita), responsável nacional pelo Help.
Assim, o momento contou também com a ação “Cantinho do Desabafo”, em que dezenas de voluntários do projeto se colocaram à disposição para ouvir e ajudar os participantes.

Eles venceram a batalha de pensamentos:

“Eu vim a fim de investir mais no meu amor próprio e de curar minha saúde mental. Afinal, estou com depressão. Estou gostando do evento. É completamente diferente do que eu imaginava. Além disso, poder falar com pessoas que venceram o que eu estou enfrentando me dá forças para seguir em frente”, disse Henrique Oliveira, de 30 anos.
A voluntária Denise Oliveira (foto ao lado), de 21 anos, contou que veio de Campinas, interior de São Paulo. “Aqui, no ‘Cantinho do Desabafo’, os jovens podem se abrir conosco e nós os compreendemos. Pois, já passamos pelo que eles vivem”, afirma.
Tamirys Lima, de 17 anos, veio de Mairiporã, Região Metropolitana de São Paulo. “Estava me sentindo desanimada, triste. Mas, com tudo o que vi no evento, e depois dessa conversa, me sinto mais aliviada. Vi que posso vencer meus problemas”.
A voluntária Luiza Santos, de 24 anos, disse que fica feliz ao ajudar as pessoas a enxergarem o próprio valor. “Há alguns anos, eu tive depressão e recebi ajuda do Help. Tive pessoas que me estenderam a mão, me ajudaram a ver o meu valor e a enxergar a luz no fim do túnel. Eu venci e é muito gratificante ajudar pessoas que estão a um passo de tirar a própria vida”, conta.

O quadro geral:

O evento contou com apresentações de dança e música de 12 escolas do município de São Paulo e da Região Metropolitana que são atendidas pelo trabalho do Namoro Blindado e do Help. “Por meio da cultura, queremos motivá-los a ter novos pensamentos. Com isso, notamos a alegria de cada um. E isso não tem preço”, comentou Walber Barboza, que atuou como mestre de cerimônias no evento.
Rosana dos Reis, diretora de uma destas escolas, relata a diferença que a atuação do Help faz no dia a dia da sala de aula. “O retorno desses dois anos de pandemia foi difícil. Muitos alunos estavam com problemas emocionais, e esse trabalho nos ajuda muito. Logo após, os alunos já ficam mais leves. Se sentem mais à vontade de nos procurar para pedir ajuda. Assim, conseguimos ajudá-los e o dia a dia na escola fica mais leve”.
Também aconteceram palestras e momentos de reflexão sobre a vida. Um deles contou com a presença dos professores da Escola do Amor, Renato e Cristiane Cardoso: “Ajudamos os jovens a lembrar que eles podem contar com a ajuda do Alto, de Deus, e, além disso, procurar ajuda nos lugares certos. Por isso, quem quer fazer a diferença, deve investir com conteúdo positivo nos jovens”, disse Renato. “Fico muito feliz em ajudar esses jovens com uma palavra, uma orientação. Quando olho para esta multidão, me vejo como uma mãe que pode ajudar um filho. Me sinto realizada”, acrescentou Cristiane.