No dia 4 de fevereiro, Nayib Bukele foi reeleito presidente de El Salvador. Como ele mesmo apontou em rede social, foi um recorde com 85% dos votos.

O perfil:

Bukele é conhecido pela maneira jovial de se vestir, porém possui uma postura firme. Ele teve os primeiros contatos com a política, efetivamente, quando trabalhou em campanhas por meio da agência publicitária do pai, Armando Bukele Kattán, e outras agências. Em seguida, ele foi prefeito de Nuevo Cuscatlán.

O contexto social:

El Salvador enfrentou por anos uma grande crise com as gangues locais e o descrédito da população com relação aos “políticos de carreira”. Então, surgiu Bukele, que, estrategicamente, se projetou como uma alternativa, com o partido direitista Novas Ideias.

Estilo de gestão:

Uma das principais características de sua gestão foi o tom tendendo ao autoritário, algo já conhecido de quem o acompanhava de perto. Ele inaugurou uma prisão de segurança máxima que se tornou um símbolo da sua pauta contra a violência no país. A postura aumentou a popularidade de Bukele em El Salvador, culminando na reeleição. Entretanto, ele acalmou os ânimos de opositores quando afirmou não buscar as vias ditatoriais.

Bukele e Lula:

Em coletiva de imprensa do dia 4 de fevereiro, quando citaram o Brasil, Bukele disse que lhe chamou atenção o fato do presidente brasileiro Lula não ter comentado sobre segurança.

• Disse: “conversei duas vezes com o presidente Lula, mas ele jamais me mencionou o tema segurança. Imagino que ele tenha sua forma de abordar e lidar com essa situação. Nunca falamos sobre esse assunto”.
• No dia 31 de janeiro, em cerimônia do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula havia pontuado: “a gente quer ver se consegue humanizar o combate ao pequeno crime, às pessoas mais humildes”. O contexto da fala foi uma comparação, segundo o presidente, entre o cenário de “um jovem que cometeu um delito” e o crime organizado.

Futuro:

Assim, o novo mandato tem previsão para se iniciar no meio deste ano e terminar em 2029. Entretanto, envolto de muita polêmica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de El Salvador afirmou que investigará 29% das urnas. A informação divulgada foi que 70% dos votos tinham sido processados até então.