“Nem Deus pode curá-la”

Priscila de Sousa ouviu essa afirmação dos médicos, que queriam desligar os aparelhos que a mantinham vivav

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O que começou como uma noite de sono tranquila terminou como um pesadelo para a operadora logística Priscila Cristina de Sousa, de 38 anos. Isso porque quando ela acordou percebeu que não conseguia sentir nem as pernas nem os braços. “Tudo foi parando de funcionar”, descreve, ao relembrar daquele momento assustador. Ela tinha apenas 25 anos de idade.

Encaminhada às pressas para o pronto-socorro do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), ela foi submetida a uma série de exames no Hospital das Clínicas (HC). Lá, os médicos fizeram uma descoberta alarmante: ela era portadora de uma doença rara e autoimune conhecida como síndrome de Guillain-Barré. Seus anticorpos estavam atacando o sistema nervoso e desativando os comandos vitais para o funcionamento de seu corpo.

A batalha pela vida de Priscila tornou-se ainda mais intensa quando ela foi colocada em ventilação mecânica, pois era incapaz de respirar por conta própria. “O médico reiterava constantemente que nem mesmo Deus conseguiria me tirar daquele hospital com vida. Minha reação diante disso tudo foi não dar ouvidos ao que ele dizia e confiar que Deus me curaria”, relata.

Para ela, o momento mais sombrio de sua jornada foi quando os médicos reuniram sua família e anunciaram que possivelmente seria necessário desligar o ventilador que ela estava utilizando para respirar e fazer um procedimento ainda mais invasivo e perigoso para que ela respirasse pela traqueia. Isso deveria ser feito porque o respirador mecânico só poderia ser usado por 14 dias. “Ver toda a minha família chorando foi devastador”, esclarece Priscila que, apesar de acordada e por conta de seu estado de saúde, só podia mexer os olhos.

Ela, no entanto, se recusou a desistir e confiou que Deus tinha um plano para a sua cura. O marido dela, o consultor trabalhista Elisvan Vieira de Sousa, de 34 anos, desempenhou um papel essencial durante todo o processo ao fortalecer sua fé e lutar por ela incansavelmente. “Meu esposo e eu já frequentávamos a Universal e ele levava a água consagrada nas reuniões para mim”, diz.

Ela revela que o episódio mais surpreendente foi quando os médicos estavam prestes a desligar o aparelho: “comecei a respirar sozinha. Foi aí que Deus fez o impossível”, relata, descrevendo o milagre que recebeu.

Para espanto de todos, além de sobreviver, Priscila saiu do HC sem nenhuma sequela. “Ninguém acreditou no milagre”, diz, e menciona as lágrimas de alegria dos enfermeiros que a viram se recuperar. No entanto sua jornada rumo à recuperação plena não foi fácil. Ela teve que reaprender a andar, a comer e enfrentou o desafio emocional de não ser reconhecida por sua própria filha quando teve alta, por causa da perda de peso drástica, de cerca de 30 quilos.

Apesar de todas as dificuldades, Priscila superou os obstáculos e hoje afirma que é um testemunho vivo do poder da fé e da perseverança. A história de Priscila serve de lembrete para todos que a conhecem de que, mesmo nos momentos mais sombrios, o milagre da vida pode acontecer.

Síndrome de Guillain-Barré

A síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autoimune que afeta o sistema nervoso, incluindo a conexão com o cérebro, e resulta em diversas doenças.

A ocorrência de infecções virais pode causá-la, como zika e chikungunya, por exemplo.

Os sintomas comuns são queimação nos pés, fraqueza muscular e dor lombar.

Entre os tratamentos de suporte constam a terapia intravenosa com imunoglobulinas ou a plasmaférese, para controlar os sintomas e promover a recuperação, além de monitoramento constante para prevenir complicações graves, como problemas respiratórios.

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE

Cura total pela fé

Você também pode usar a fé e obter a cura para si mesmo, ou para um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.

No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você ainda pode participar em uma Universal mais próxima.

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Colaborador

Kaline Tascin / Fotos: Demetrio Koch /arquivo pessoal