A paranaense Luzia, hoje com 61 anos de idade, saiu de seu estado natal em direção a capital de São Paulo onde se casou, e, logo após, mudou-se para o interior do estado.

Logo vieram os filhos. Mas um problema de saúde desestabilizou a todos. Após 11 anos de união, o marido foi diagnosticado com um câncer no estômago.

Luzia recorda que tudo aconteceu muito rápido. Foram seis meses lutando contra a doença e ele acabou falecendo.

“Ninguém podia me ajudar porque era uma dor dentro de mim. Perder uma pessoa que eu amava e que ele me amava também”, relembra.

Viuvez e doenças

Com a morte do marido, Luzia passou a achar que teria o mesmo problema. “Depois que ele morreu, a impressão que eu tinha na minha mente é que eu também estava com câncer. Então, eu vivia me apalpando”.

Onde aparecia um caroço, também surgia uma preocupação. Até uma picada de inseto a fazia pensar que poderia ser um câncer.

E como se não bastasse essa angústia com a possibilidade de uma doença que lhe tinha custado a vida de quem amava, Luzia ainda sofria com depressão, síndrome do pânico e nervosismo extremo.

Não tinha o prazer de ter uma noite inteira de sono. Dormia até a meia-noite; depois disso era atormentada por pesadelos.

E tudo isso só destacava o vazio que sentia em sua alma e que a fazia buscar preenchê-lo de todas as formas.

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O maior medo

Até que um dia, aquilo que tanto temia aconteceu: ela descobriu um caroço no pescoço.

Após exames, o médico constatou hipertireoidismo. A perda severa de peso a debilitou de tal forma que tinha dificuldades para andar pequenas distâncias.

Estava vendo se repetir todo o sofrimento pelo qual o marido passou. Tentando uma solução, buscou ajuda no curandeirismo, o que só piorou o que já estava ruim.

Foram seis anos de sofrimento até que, a convite do irmão, ela resolveu ir à igreja. Sua dor no corpo e na alma eram tão intensas que ela já tinha avisado aos filhos sobre a sua morte.

E diante do Altar fez um pedido a Deus: “Se o SENHOR está aqui mesmo eu quero ver o SENHOR dentro da minha vida, porque eu só tenho uma certeza, eu vou morrer”.

Assista no vídeo abaixo o depoimento completo de Luzia:

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