Nomofobia: o vício em celular e suas consequências

Além do corpo e da mente, o problema pode afetar até a sua eternidade

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Hoje em dia, o celular é praticamente uma extensão do corpo humano. Afinal, já faz um bom tempo que a sua única função deixou de ser apenas realizar e receber ligações.

O uso dos smartphones se acentuou, sobretudo, durante a pandemia. O isolamento forçou cada vez mais o uso para trabalho, estudo, compras, interação social, diversão, entre outras coisas.

Apesar de ser muito útil, com o uso excessivo vieram consequências ruins para a saúde: a nomofobia, ou a fobia em estar longe do celular.

O problema tem caraterísticas emocionais e físicas, como suor excessivo e ansiedade quando a pessoa não possui contato com os aparelhos eletrônicos, além de problemas na coluna, articulações e visão. Estes últimos são por conta da pessoa não conseguir ficar sem mexer no celular, explica Anna Lucia Spear King, psicóloga e coordenadora do Laboratório Delete-Detox Digital e Uso Consciente de Tecnologias do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

“Todos devemos aprender a fazer o uso consciente das tecnologias. Na maioria das vezes, os usuários usam indiscriminadamente dispositivos eletrônicos, em todos os lugares. Não há mais espaço para refletir sobre sua vida, para ter algum tipo de amadurecimento mental. O pouco tempo que ele tem, usa para entrar em aplicativos e redes sociais”, destaca a especialista.

Perigo eterno

Se as consequências físicas já são algo grave, as espirituais são ainda piores, já que podem ser eternas. Ainda que a tecnologia faça parte do dia a dia e seja até necessária, é preciso ter equilíbrio.

“O uso excessivo tem levado muitos a se afogarem na fé (a morte espiritual). A inteligência artificial trabalha no ego do ser humano que, por sua vez, facilmente se deixar atrair por ilusões, fake news, comerciais, politicagem, religiosidade, ostentação, fofocas, obscenidade, futilidades. A lista é mais longa”, reflete o Bispo Júlio Freitas.

A pessoa faz do celular o seu foco e deixa o relacionamento com Deus, a Bíblia e sua vida espiritual de lado. Logo surgem dúvidas com respeito a coisas rotineiras e, principalmente, sobre a comunhão com o Altíssimo.

“99,9% das informações nas redes são nocivas à boa consciência e qualquer fonte de informação que não seja a Palavra do Deus Vivo, gera dúvidas. Cuidado com o que você anda lendo, assistindo, em que investe seu tempo para que não se afogue na dúvida, no medo, na malícia, no orgulho, na fofoca, no materialismo, no egoísmo, na incredulidade”, alerta o Bispo.

Diante desta realidade, o Bispo Júlio propõe um desafio: escreva uma lista de coisas fúteis do seu dia a dia, aquilo que não acrescenta para sua vida espiritual, saúde, familiar e profissional.

Mas atenção: ninguém poderá fazer essa lista por você. É algo que você precisa ser humilde para reconhecer e aprender a identificar por si só. Certamente, não será algo fácil de se praticar, inicialmente. Mas é algo fundamental para que haja um avivamento na sua vida e no serviço a Deus.

Talvez, na sua lista apareçam: programas de TV de entretenimento, notícias (vale lembrar que há notícias que são importantes e nos educam, mas muito do que encontramos na TV e na internet é perda de tempo). Há também joguinhos, séries, músicas, grupinhos de conversas que mandam vídeos com o intuito de fazer os participantes rirem e perderem o seu tempo. Igualmente, as redes sociais em que as pessoas ficam se preocupando com a própria imagem e se comparando com a vida dos outros.

“Como uma pessoa pode ser cheia do Espírito Santo acompanhando e trazendo coisas ruins, sujas, deste mundo para a mente? Você precisa se alimentar de coisas que vão lhe ajudar a ser uma pessoa melhor, um cristão melhor, um cidadão melhor, um profissional melhor. Eu sei que vai doer, vai machucar, mas você precisa ser sincero com Deus e com você mesmo”, orienta o Bispo.

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Para vencer este e qualquer outro tipo de dependência também existe o Tratamento para a Cura dos Vícios que acontece todo domingo, às 15h, na Universal. Encontre aqui o endereço mais próximo da sua casa.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: iStock