RESUMO

De acordo com o portal de notícias Pleno.News*, uma motorista de aplicativo de caronas, de 27 anos de idade, foi agredida verbal e fisicamente enquanto fazia viagem para um casal entre um bairro de Belo Horizonte e Contagem, em Minas Gerais. Um rapaz de 25 anos e uma mulher de 22 anos teriam questionado a motorista sobre sua religião e disparado xingamentos por causa da música que tocava na rádio. Ao parar o carro pedindo que o casal saísse do veículo em frente à Unidade de Pronto-Atendimento JK, os passageiros teriam começado a agredi-la fisicamente. No mínimo uma pessoa que estava próxima ao ocorrido tentou defendê-la para impedir que continuasse sendo golpeada. A Guarda Civil Municipal de Contagem, que se posiciona junto à unidade de saúde, flagrou o crime no momento em que ouviu os gritos de socorro, confirmando a versão da motorista.

MANIFESTAÇÃO

Qualquer tipo de agressão, seja física, psicológica, ou verbal, deve ser sempre lamentada. O caso da motorista de aplicativo de Minas Gerais que foi insultada por causa da música cristã que ouvia na rádio, sendo depois agredida fisicamente, deve também soar um alarme sério na sociedade. A intolerância começa a sair dos xingamentos e das redes sociais para se desdobrar em violência física real no dia-a-dia. O próprio fato de o casal de carona ter insultado a trabalhadora pela música que estava ouvindo é um problema inaceitável. Tendo chegado ao ponto de ter de pedir que os dois descessem do veículo, para ser, ainda, posteriormente agredida, torna o caso muito grave.

A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos (UNIGREJAS) já se manifestou acerca de algumas situações de depredações de templos de Igreja ou expressões artísticas desrespeitosas à nossa fé. A agressão em nível de indivíduos representa uma escalada de intolerância ainda não presenciada até então. É preciso pararmos para pensar até onde permitiremos que as ideologias provoquem separação da sociedade em classes, raças, sexo, ou religião. O marxismo cultural, que espalha a luta de classes para todo tipo de divisão possível, começa a apresentar seus efeitos mais preocupantes. Pouco adianta uma Constituição e leis que protegem a liberdade religiosa e de consciência quando os próprios cidadãos começam a agir de modo intolerante contra quem pensa de modo diverso ou possui crenças diferentes das suas.

Desse modo, a UNIGREJAS manifesta sua solidariedade à motorista de aplicativo, e oramos por sua recuperação emocional e física. Esperamos, enfim, que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis para que os agressores sejam responsabilizados civil e penalmente pelos seus atos conforme ao que vier a ser provado mediante o devido processo legal.

São Paulo, 31 de agosto de 2023

Bp. Eduardo Bravo – Presidente da União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos – UNIGREJAS

* Disponível em: https://pleno.news/brasil/cidades/motorista-de-app-e-agredida-por-casal-por-conta-de-musica-gospel.html