Novos capelães em todo Brasil
Entenda qual é a importância do Curso de Capelania para o trabalho realizado nos hospitais do País
A pandemia de Covid-19 colocou o mundo de olho no novo coronavírus e, em especial, nos hospitais. Nunca as debilidades desses locais foram tão apontadas e os profissionais de saúde tão valorizados. Ao mesmo tempo, existem pessoas que não estão diretamente ligadas à área da saúde, mas que se importam em entrar nos hospitais para levar uma Palavra de Vida e ânimo para quem está ali. Nem o cenário adverso as impede de se prepararem para estender a mão ao próximo. Elas acreditam que cada segundo é precioso para levar a Salvação a uma vida e que não têm tempo a perder e nem querem.
É esse espírito que move a União Nacional de Igrejas e Pastores Evangélicos (Unigrejas) que, em parceria com o Grupo da Saúde, realiza o Curso de Capelania Hospitalar para os agentes do bem-estar, como são chamados os voluntários do grupo. Até o fechamento desta edição, 5.058 voluntários tinham sido formados desde o começo desta iniciativa. “O objetivo é fazer com que o trabalho nos hospitais seja feito com excelência”, afirma o Bispo Eduardo Bravo, (foto abaixo) presidente da Unigrejas.
Ele diz que para que a pessoa se torne capelã é preciso que passe por essa formação. “O ambiente do hospital é totalmente diferente do da Igreja ou o da casa da pessoa. O voluntário aprende a entender o ser humano independentemente da religião e a compreender o que se passa com quem está hospitalizado”, destaca.
IMPORTÂNCIA
O Bispo Eduardo Ribeiro, que está à frente do Grupo da Saúde, fala da necessidade do trabalho usando uma passagem bíblica: “a oração da fé salvará o doente; e o Senhor o levantará.” (Tiago 5.15). Ele diz que pelo fato de o hospital ser um ambiente carregado de angústia, de sofrimento e de luta pela vida as pessoas que estão do lado de fora geralmente não querem entrar lá. “Mas nós queremos e queremos levar uma Palavra de Fé, de coragem e de Salvação”, diz.
Ele apresenta duas razões para que a pessoa se torne capelã: “primeiramente, pela necessidade de realizar o trabalho espiritual nos hospitais, instituições de saúde e unidades de pronto atendimento (Upa) de forma humanizada. O capelão consegue ouvir e entender o paciente, muitas vezes antes mesmo que ele fale uma palavra. Além disso, o capelão tem acesso permitido aos hospitais de forma legal e organizada”.
O Bispo Ribeiro também observa que o curso soma mais conhecimento ao trabalho já realizado por cada integrante. “O agente do bem-estar se torna um voluntário completo. Além de entender, ele sabe respeitar as exigências e necessidades dos locais visitados e compreende a importância de cada visita. Trata-se de uma oportunidade única. Talvez seja a última chance de alguém ouvir sobre o poder da Fé e sobre o Senhor Jesus. Não se trata de um trabalho de cunho religioso, mas de algo maior.”
Ele comenta que geralmente é no leito do hospital que o paciente está mais sensibilizado. “Ele está com a mente e o coração abertos à mensagem do Evangelho e é nesse momento que o capelão pode prestar assistência social e de Fé a ele, aos seus familiares e também à equipe médica.”
O voluntário tem propriedade para falar, pois um dia também precisou dessa ajuda. “Tive uma filha que nasceu com malformação e, por cinco meses, quase não saí do hospital. Ela precisou de cirurgias de urgência, mas não resistiu. Então, como um dia passei momentos difíceis, há pessoas que estão passando agora. O hospital é um lugar carregado de tristezas, de sofrimento e de dores. A pessoa internada não sabe como será o dia de amanhã nem mesmo como será o final do dia.”
Ele esclarece por que é importante fazer esse trabalho dentro das unidades de saúde: “no hospital, a pessoa pode escutar palavras pesadas e o Grupo da Saúde leva Fé e conforto. Entramos com a Palavra, a força e a oração. Levamos ânimo, vontade de viver e a presença de Deus até as pessoas”, finaliza.
AGENDA
O curso é realizado em todo o Brasil e está aberto a membros de todos os grupos. O Bispo Eduardo Bravo elenca alguns requisitos básicos: amor ao próximo, compromisso de ajudar e que esteja bem espiritual, emocional e psicologicamente para que possa se colocar à disposição e auxiliar os demais. No próximo domingo, dia 11 de outubro, será a vez dos voluntários cariocas de Campos de Goytacazes se formarem. Depois, no dia 18, será a vez dos voluntários de Sorocaba e, no dia 25, do Templo de Salomão, ambos em São Paulo. Já no dia 1o. de novembro, o curso será em Mogi das Cruzes, também em São Paulo. Para saber mais, acesse unigrejas.com.