O alto preço do divórcio

A ruptura de uma família é um dos fatores que podem levar ao empobrecimento, além de gerar traumas e desafios significativos

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Todos os anos, milhares de casais recorrem à Justiça para oficializar o divórcio. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, foram registrados 420 mil divórcios (judiciais e extrajudiciais), um aumento de 8,6% em relação a 2021, atingindo o maior número já contabilizado pelo órgão. O levantamento também apontou uma mudança no perfil das separações: quase metade (47,7%) dos casamentos dissolvidos duraram menos de dez anos.

Além dos desafios emocionais, o divórcio pode trazer um impacto financeiro profundo para ambas as partes, muitas vezes resultando em um empobrecimento significativo. A divisão de bens, o pagamento de pensões alimentícias e a necessidade de manter duas residências quando antes havia apenas uma são fatores que frequentemente reduzem o padrão de vida dos ex-cônjuges. Sem contar o custo de todo o processo que caracteriza o divórcio.

“Os honorários de um advogado para um divórcio litigioso, pro exemplo, podem ultrapassar R$ 20 mil, dependendo da complexidade do caso. Além dos honorários advocatícios, há as custas judiciais, que variam conforme o Estado e o valor da causa, e a possível tributação incidente sobre a partilha de bens”, detalha a advogada Patrícia Simões.

A separação e os filhos

Além do casal, os filhos também são afetados pelo divórcio. Uma pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos da França revelou que a separação dos pais pode impactar o padrão de vida dos filhos. Conforme a pesquisa, “as taxas de pobreza são significativamente mais altas para crianças cujos pais acabaram de se separar (29%) do que para aquelas que vivem com ambos os pais (13%). Cinco anos após a separação, essa taxa continua elevada, em 23%”.

Patrícia explica que “a legislação brasileira determina que as decisões sobre os filhos sigam o princípio do melhor interesse da criança, priorizando sua estabilidade emocional, financeira e familiar. A pensão alimentícia considera a necessidade do filho e a capacidade financeira do genitor, sem percentual fixo, mas geralmente limitada a 30% da renda líquida. O juiz também pode incluir despesas extras, como educação, saúde e atividades extracurriculares”.

Como sair dessa?

Levando em conta tantos aspectos negativos associados ao divórcio, o que leva à ruptura familiar? Embora não exista consenso sobre o tema, especialistas apontam fatores como infidelidade, incompatibilidade de gênios, dificuldades financeiras e falta de diálogo como os principais responsáveis pelo desgaste da relação.

Apesar dessas justificativas, no livro Casamento Blindado 2.0, o Bispo Renato Cardoso chama a atenção para a raiz de todos esses males: o coração endurecido. “O divórcio não estava nos planos de Deus. Não era uma opção quando Ele criou o casamento. No entanto, pelo coração petrificado do ser humano, Ele teve de tolerar – e até permitir – algo que tanto odeia”, explica na obra, mencionando a passagem bíblica de Mateus 19.8.

Deus criou o casamento para a realização completa do ser humano, mas as emoções ruins o distanciam desse projeto. “Todo sentimento negativo que não é devidamente processado e eliminado do coração acaba se tornando pedra. Uma das principais pedras que endurecem o coração é o orgulho. (…) A pessoa orgulhosa é cega aos seus erros”, alertou em outro trecho do livro. Quem tem esse sentimento acaba machucando o outro e perdendo o casamento.
Mudar e lutar pelo casamento são decisões que se tornam mais leves com o apoio do Autor do Amor, que é Deus. Para aprender a usar as armas da fé para lutar por sua vida amorosa, participe da Terapia do Amor. As palestras ocorrem às quintas-feiras em todos os templos da Universal.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: Jeffrey Hamilton/getty images