O crime de estupro tem sido usado como forma de perseguição contra os cristãos

O ato de violência vem como forma de degradar, intimidar e destruir comunidades cristãs

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Em partes do Oriente Médio, África e Sul da Ásia, em regiões assoladas pela guerra, o crime de estupro tem sido praticado para perseguir e aterrorizar comunidades cristãs.

Entenda:

O International Christian Concern denunciou como esse crime hediondo é usado como forma de perseguição cristã.

O ato de violência vem como forma de degradar, intimidar e destruir comunidades cristãs em regiões mais remotas do Sul da Ásia, Oriente Médio e África.

“Eles desejam mudar a composição demográfica de uma região engravidando mulheres à força, garantindo que os descendentes pertençam ao grupo do perpetrador. Isso tem por objetivo diminuir a presença da minoria visada ao longo das gerações. Eles pretendem quebrar o espírito e a coesão de uma comunidade infligindo profundo trauma psicológico e estigma. Isso torna difícil para a comunidade se recuperar e reafirmar sua identidade e presença”, relatou Lisa Navarrette.

O que você precisa saber:

Dessa forma, as gravidezes forçadas fazem com que as crianças sejam criadas fora do contexto cultural e religioso de suas mães.

Por isso, essa tática monstruosa tem objetivo de não apenas infligir danos físicos e psicológicos imediatos, mas também minar a continuidade cultural e genética dessas comunidades.

“Esses atos são frequentemente justificados por ideologias religiosas distorcidas que desumanizam e difamam os não crentes. Em sociedades onde há ódio profundo contra os cristãos, o estupro pode ser usado como uma forma de punição e controle. Isso pode ocorrer em contextos onde os cristãos são uma minoria e enfrentam discriminação sistêmica e violência da comunidade majoritária”, disse Lisa.

O que tem acontecido:

No Iraque e na Síria, o Estado Islâmico tem como alvo mulheres yazidis e cristãs. Assim, elas  são sequestradas, escravizadas, vendidas em mercados e estupradas, forçando-as a ter filhos de seus sequestradores.

Na Nigéria, o grupo militante islâmico Boko Haram tem como alvo mulheres e meninas cristãs. Então, eles sequestraram centenas de estudantes, sujeitando-as a estupro, conversões forçadas e casamento com militantes.

“O uso do estupro para ‘reproduzir’ certas minorias é uma violação grave dos direitos humanos e uma ferramenta de violência genocida. Ele inflige danos profundos e duradouros às vítimas e comunidades, visando apagar identidades culturais e étnicas ao longo de gerações. A comunidade internacional deve continuar a trabalhar para documentar esses crimes, apoiar os sobreviventes e garantir que os perpetradores sejam responsabilizados para evitar tais atrocidades no futuro”, alertou Lisa.

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Redação / Foto: iStock