A série Reis, exibida pela Record TV e pelo Univer Vídeo, já mostrou vários momentos marcantes da relação entre os protagonistas e Deus. Isso inclui cenas como a em que Samuel (João Guilherme Chaseliov) foi chamado por Ele ainda na infância, quando Saul (Carlo Porto) foi escolhido como o primeiro rei de Israel e a em que Davi (Gabriel Vivan) foi escolhido e consagrado como novo rei dos israelitas enquanto pastoreava suas ovelhas. Na atual temporada da trama, denominada A Sucessão, o momento mais aguardado pelo público era o encontro de Salomão (Guilherme Dellorto), filho de Davi, com Deus.

Quando Salomão apareceu pela primeira vez em Reis, ainda na oitava temporada, ele era um jovem constantemente julgado pelo passado de seus pais, totalmente inseguro e que acabou tomando atitudes precipitadas. Uma delas foi o romance com Naamá (Ingrid Conte), que começou com uma linda troca de papiros e desandou quando ele pediu à amada uma prova de amor, o que resultou em uma gravidez. Na ânsia de resolver a situação, eles se uniram em matrimônio escondido de todos. Na história do terceiro rei de Israel há ainda outra decisão ruim: ao assumir o reinado, ele fez uma aliança com o Egito.

Escolhas e escolhas
Cristiane Cardoso, autora da série, explicou, em suas redes sociais, que a queda espiritual de uma pessoa começa com uma decisão que muda sua vida. “No caso de Salomão, ele vinha ‘pisando na bola’, mas por pura meninice mesmo. No entanto, quando, por meio da união com Nebset, interpretada por Priscila Ubba, se aparentou com o Faraó, ele deu um passo perigoso e ousado, de um homem que viu na nação estrangeira um apoio financeiro de que Israel não precisava. Salomão quis algo mais do que a Palavra e a promessa de Deus, o que o afastou demais dAquele que o escolheu para o lugar de seu pai. Falta de confiança é falta de fé, que é incredulidade, que é rebaixar Deus ao patamar do ser humano que pode errar”, compartilhou Cristiane.

As consequências dessa atitude de Salomão ainda serão exibidas na série, mas a história deste rei não é feita só de escolhas erradas. Afinal, ele foi confrontado pelo povo e orientado pelo sumo sacerdote por causa do passo perigoso que deu e, em vez de se ater às críticas, como costumava fazer, ele focou nos conselhos que recebeu. Isso fez toda a diferença em sua trajetória.

O sacrifício e as respostas
O rei de Israel recorreu a Deus por amor a Ele e Lhe ofereceu sacrifícios no Altar. E, na mesma noite, Aquele que o havia escolhido apareceu e disse “pede o que queres que Eu te dê” (1 Reis 3.5) e a resposta de Salomão foi a mais sincera e inteligente que ele poderia ter dado, revelando que sua intenção era ser um bom rei como Deus o escolheu para ser: “Sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar. E teu servo está no meio do teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor,
de que Salomão pedisse isso” (1 Reis 3.7-10).

Como bom Pai que é, Deus deu a Salomão a sabedoria pedida, por meio do Seu Espírito, além de promessas e orientações. Esse encontro de Salomão com Deus é um alento aos que acompanham a série, pois revela que, apesar das falhas que cometemos, Deus sempre estará disposto a nos socorrer se decidirmos nos submeter a Ele. Basta uma decisão da nossa parte. “Às vezes, só nos aproximamos de Deus depois de tomar várias decisões erradas na vida e sofrer por causa delas. Aí baixamos a cabeça e finalmente concluímos que precisamos dEle”, escreveu Cristiane em outro post.

Entre o livre-arbítrio e a misericórdia divina

A continuação da história de Salomão vai surpreender quem a está conhecendo agora, mas quem já conhece os próximos passos do rei sabe que, apesar de ter o coração mais sábio de todos, Salomão nem sempre agirá com sabedoria. Cristiane explicou que “Salomão foi o homem mais sábio, mas nem sempre foi sábio. Em alguns momentos e em algumas decisões, vemos nele não só falta de sabedoria como de temor a Deus, o que significa dizer que você pode ser sábio, mas se um dia não quiser ser, não será.”

Entre erros e acertos, Deus manterá a promessa que fez a Davi de que seria como Pai de Salomão e que Sua benignidade não se apartaria dele (2 Samuel 7.15). Por isso, é certo que a história do terceiro rei de Israel ainda tem muito a ensinar sobre o livre-arbítrio do homem e a infinita misericórdia de Deus. Então, continue acompanhando Reis de segunda a sexta-feira, a partir das 21h, na Record TV ou no Univer Vídeo, pois como o próprio rei Salomão disse, “melhor é o fim das coisas do que o princípio delas” (Eclesiastes 7.8).