O inferno existe e não é aqui
Entenda o que é realmente este lugar, por que ele foi criado e para quem ele é destinado. Ele não é para você, mas são suas escolhas que determinam isso
Quando alguém fala do inferno, surgem muitas ideias e opiniões a respeito dele, apoiadas pela influência cinematográfica, pela literatura, por outros setores artísticos e por diversos recursos. No entanto, lamentavelmente, pouca base bíblica é usada para abordar o tema, que, aliás, é de extrema importância. A verdade é que o inferno é real, mas várias pessoas não acreditam que ele exista. Para algumas, o inferno é aqui na Terra e são os problemas difíceis que elas vivem, e, para elas, quando a morte chegar, tudo acabará. Por isso, elas ignoram a existência da alma que é eterna. Outras concordam que o inferno existe, mas consideram que a bondade e a misericórdia de Deus são maiores e que, independentemente do que elas fizerem, serão salvas.
Mas, afinal, o que é o inferno e para quem ele foi criado? A Bíblia deixa claro que o inferno é um lugar de castigo que foi criado por Deus para Lúcifer e os anjos dele. Eles foram criados para servir a Deus eternamente, no entanto Lúcifer se rebelou contra o Criador e foi expulso do Céu (e se tornou satanás), junto com a terça parte dos anjos, que se deixaram persuadir por sua rebelião e se tornaram demônios causadores de toda a desordem na Terra. No inferno, uma parte deles já está aprisionada e existe ainda um lugar de tormento reservado a satanás e seus demônios para depois do Julgamento Final, chamado lago de fogo e enxofre, onde ficarão por toda a eternidade. Esses lugares de castigo não foram criados para o ser humano, tal como o Próprio Senhor Jesus deixou claro ao dizer: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41).
Entretanto, desde a época de Adão e Eva, satanás age na vida das pessoas para levá-las consigo para o inferno. Por causa do pecado do ser humano, que teve início no Jardim do Éden, a Humanidade passou a ser condenada ao inferno. Mas, para livrar o homem dessa condenação, Deus enviou a redenção por meio do sacrifício do Senhor Jesus na Cruz. Afinal, o homem foi feito segundo a imagem e semelhança de Deus para ser representante dEle na Terra e, por isso, Seu desejo é salvá-lo (Ezequiel 33.11). Além disso, embora o Criador odeie o pecado, Ele ama o pecador, conforme está escrito em João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Mas, para que isso aconteça, é preciso reconhecer Jesus como Salvador e fazer escolhas aqui na Terra de acordo com a Palavra de Deus. Caso contrário, a alma será levada ao inferno para ficar junto de satanás e seus demônios.
A morada no inferno
Em uma recente reunião no Templo de Salomão, em São Paulo, o Bispo Jadson Santos falou de como será a morada da alma no inferno e as escolhas que levam uma pessoa para lá. Para explanar isso, ele usou a história do rico e de um mendigo, chamado Lázaro, contada pelo Próprio Senhor Jesus. Conta-se que o mendigo, ao morrer, foi levado pelos anjos para o seio de Abraão, enquanto o rico foi para o inferno e, estando em tormentos, pôde ver ao longe Abraão e Lázaro em seu seio (confira a passagem completa no Evangelho de Lucas 16.19-31).
A Palavra de Deus mostra, conforme observou o Bispo Jadson, que o rico se preocupava com a vida terrena. “A Bíblia fala que ele morava bem, se vestia bem e comia do melhor. Ele era rico, não tinha preocupação com a vida financeira, só que foi um homem que não se preocupou com a morte. Ele deveria ser como aquela pessoa que pensa assim: ‘a vida é só do nascimento até a sepultura’. A alma, porém, é eterna e ele não pensou nisso”, destacou. Enquanto isso, o mendigo Lázaro se alimentava das migalhas que caiam da mesa do rico. Em relação a ele, o Bispo afirmou: “ele não tinha ninguém, ele só tinha os cachorros que lambiam suas feridas e vivia na miséria”.
Independentemente da condição que cada um tinha, a morte chegou para os dois, mas a morada da alma de um foi diferente da do outro. Estando em tormentos no inferno, o rico ergueu os olhos e viu Lázaro salvo, no seio de Abraão. O Bispo Jadson detalhou esta cena que o rico presenciou: “lá não tem música, não tem alegria e não tem Deus. No inferno tem tormento, dores e sofrimento. A Bíblia não exagera quando Deus fala que o inferno é lugar de dor e que é um lugar que não tem alívio”, disse. Ele afirma que, segundo a história contada por Jesus, qualquer pessoa pode ir para o inferno se não se arrepender de seus pecados e destacou que nenhum pedido naquele lugar é atendido, como aconteceu com o rico, que clamou a Abraão por socorro. “Ele chegou no inferno e já começou a clamar, mas a vida inteira não quis nada com Deus e a vida inteira achou que não precisava se preocupar com a morte. Há pessoas que falam: ‘quando eu ficar mais velho eu penso nisso'”, alertou.
Diferentemente do Céu, no inferno, segundo é demonstrado pela parte em que o rico lembra do que fez em vida, a pessoa terá memória. Dessa forma, ela lembrará das chances que Deus deu a ela e quando as desprezou. “O rico estava no inferno vendo Lázaro sendo consolado. Imagine a pessoa lembrando: ‘meu Deus, minha mãe falou tanto, eu fui avisado, escutei palavras tão fortes’. E ela lembrará disso eternamente”, ressaltou o Bispo.
Ainda segundo a história contada pelo Senhor Jesus, o versículo 26 diz que entre os Céus e o inferno há um grande abismo, ou seja, aqueles que querem passar de um lado para o outro não conseguem e os mortos não podem se comunicar com os que estão na Terra. “Deus fala pela sua Palavra e não pelos mortos. Você está vivo e tem a oportunidade de Salvação, mas depois da morte acabou e você vai continuar do jeito que estava na Terra: longe de Deus ou com Deus. Não dá para você mudar depois que morrer”, afirmou o Bispo Jadson.
“Se eu morresse, eu iria para o inferno”
Algumas pessoas, mesmo conhecendo a Palavra de Deus, assumem o risco de viver distante dEle. Foi o que fez a cozinheira e confeiteira Thamires Bastos Silva, (foto abaixo) de 31 anos. Ela conta que cresceu frequentando a Universal, com a família, mas, ao completar 17 anos, as ilusões do mundo brilharam aos seus olhos. “Abandonei a fé, enquanto a minha família permaneceu na Igreja. Eu saía escondido para curtir bailes e festas, até que, em uma delas, eu conheci um rapaz e fui morar com ele”, recorda.
Curtindo a vida de acordo com a sua vontade, durante uma festa, Thamires foi convidada para ser dançarina. “Eu aceitei ser dançarina de um cantor de funk e dancei com diversos grupos. Foi quando surgiu a oportunidade de me tornar cantora e ter o meu grupo de dançarinas. A fama encheu os meus olhos, a ponto de eu ficar viciada em dinheiro. Quanto mais eu recebia, mais eu queria. Além disso, comecei a beber e conheci as drogas e a prostituição”, revela.
Thamires afirma que tentava obter a paz interior saindo de casa diariamente, com amizades, relacionamentos e drogas. Durante as viagens que fazia pelo Brasil e pelo exterior para as apresentações de dança, segundo relata, sua alma corria sempre perigo. Ela lembra de um episódio em que correu um sério risco: “um dia, eu estava cheirando cocaína e meu nariz sangrou muito. Quando coisas desse tipo aconteciam, eu me lembrava do Céu e do inferno, das pregações que eu tinha ouvido e ficava desesperada. Eu sabia quem viria buscar a minha alma, caso eu morresse naquelas condições. Fazíamos muitos shows em comunidades, onde sempre aconteciam conflitos entre policiais e traficantes, e eu ficava sempre no meio desesperada, pedindo a Deus para que me livrasse da morte”, declara.
Ela afirma que, depois que o perigo passava, ela não se entregava a Deus. Ela até desejava voltar para a Presença dEle, contudo, segundo afirma, o diabo agia em sua mente e lhe dizia que ela só sabia ser dançarina.
Thamires diz que, com o passar do tempo, a situação interna piorou. Ela descreve o que lhe acontecia à noite: “eu tinha uma espécie de pesadelo no qual eu sentia minha alma sair do corpo. Então, eu tinha medo de dormir. Eu sentia como se alguém estivesse me sufocando. Eu via tudo ao meu redor, mas não conseguia me mexer. Eu tentava pedir socorro e não conseguia. Mais uma vez, eu sabia que, se eu morresse, minha alma iria para o inferno”.
Apesar de ter uma vida bem-sucedida, Thamires teve depressão. “Na frente de todo mundo, eu era a mais animada, mas, quando estava sozinha, eu sentia uma tristeza na alma que eu não sabia explicar”, afirma.
Em 2019, ela aceitou um convite de sua mãe para retornar à Universal e, aos poucos, foi vendo a transformação acontecer em sua vida. “Tomei a decisão de me batizar e abandonei tudo o que eu fazia de errado. Fiz um vídeo explicando para as pessoas que aquela MC que eu era não existia mais e que eu tinha entregado minha vida para Jesus. Eu sabia que sofreria críticas, mas confiei minha vida e o meu futuro a Deus”, ressalta.
Por ter renunciado a tudo que a afastava de Deus, não demorou para que ela recebesse o que tanto desejava. “O Espírito Santo me deu forças e disse que era comigo. A paz que eu tenho hoje é impagável. Sou feliz, durmo e acordo bem e o Senhor Jesus não me deixa faltar nada. Também conquistei a minha casa própria e tenho uma vida estável. Antigamente, eu tinha medo de ficar sozinha, agora amo ficar sozinha, porque eu sei que o Senhor Jesus está tomando conta de mim”, esclarece.
Atualmente, Thamires cuida do futuro de sua alma. “Se eu morrer hoje, a minha alma será salva e eu busco essa Salvação todos os dias”, conclui.
Para ele, existia apenas a lei dos homens
Existem pessoas que acreditam que o inferno é aqui na Terra e defendem a todo custo o lema “aqui se faz, aqui se paga”. Esse pensamento era constante na mente do autônomo Diego Santos Flor, (foto abaixo) de 27 anos. Ele conta que, aos 12 anos, enveredou para os caminhos da criminalidade. “Vi pessoas desfrutando de coisas que o tráfico oferecia e quis seguir aquela vida. No início foi tudo bom: mulheres, bebidas, ostentação, drogas, dinheiro e o que mais eu quisesse, mas, com decorrer do tempo, surgiram as consequências e fui preso por tráfico de drogas”, descreve.
Tempos depois, Diego saiu da prisão, mas continuou na criminalidade. Ele recorda que era odiado por moradores e por policiais e que seus familiares diziam que ele não chegaria aos 21 anos. Ele ainda revela que não acreditava na existência do inferno, mas somente na lei dos homens.
“Toda pessoa que é envolvida com o tráfico sabe que tudo que se faz aqui, se paga aqui. Digo isso por mim, pois eu fazia as coisas erradas e achava que iria pagar tudo só aqui na Terra. Então eu não acreditava no inferno, porque o inferno era o que eu via ao meu redor”, explica.
Com muitos desafetos, Diego até foi expulso de uma comunidade e passou por diversas situações de risco de morte. Em uma delas, conforme lembra, ele foi cercado por policiais enquanto traficava drogas. Aquele momento, para ele, parecia ser o fim da linha. “Eles começaram a atirar, um rapaz foi baleado e eu consegui correr e caí. Passou um filme na minha cabeça. Eu senti o cheiro da pólvora e achei que fosse morrer”, relata.
Por causa das inúmeras situações de perigo, Diego não conseguia ter paz e até desenvolveu síndrome do pânico. “Eu achava que todo mundo era meu inimigo e dormia com armas do meu lado, à espera de que alguém viesse me matar”, salienta.
A mãe de Diego já frequentava a Universal e estava constantemente apresentando o filho a Deus. Ao saber que ele estava com síndrome do pânico, ela o levou à Igreja. “Depois de seis anos no crime, por meio das orações da minha mãe, em 2015, comecei a frequentar a Igreja. Um pastor me orientou e disse que eu tinha duas escolhas: continuar no crime, morrer e ir para o inferno ou me entregar a Deus, mudar de vida e obter a Salvação”, lembra.
Diego afirma que o desespero de sua alma era tão grande que ele deu ouvidos à Voz de Deus e, logo em seguida, abandonou as atitudes erradas e se libertou dos vícios, da síndrome do pânico e de tudo que o atraía para o inferno. “Me batizei nas águas e recebi o Espírito Santo. Hoje, pela misericórdia de Deus, sou um referencial onde eu nasci. Acredito na existência do inferno e estou sempre fugindo dele.” Hoje ele leva a Salvação a outras pessoas. “Vou às bocas de fumo e transmito uma Palavra de fé, oro pelos rapazes e falo da Salvação. Sou casado e sirvo a Deus como obreiro. Todos os dias busco a misericórdia de Deus e peço forças para vencer as lutas e continuar caminhando rumo à Salvação”, finaliza.
Ela achava que a morte seria o fim do sofrimento
A comerciante Kétlym Ângelo Domiciano, (foto abaixo) de 26 anos, conta que teve uma infância difícil em um lar desestruturado. “Fui abandonada pela minha mãe por conta dos vícios dela e fui criada pela minha avó. Eu não tive a presença do meu pai no início e aquela situação gerava um vazio dentro de mim”, afirma ela, que acabou se envolvendo com as drogas.
Ela diz que seu maior desejo, desde muito nova, era formar uma família. Então, aos 14 anos, engravidou de um rapaz e foi morar com ele. Ela diz que era agredida e humilhada. “Eu não tinha paz e, então, veio a depressão. Eu me automutilava e, assim, tentei tirar minha vida pela primeira vez”, revela.
Kétlym conta que se separou do rapaz, passou a morar com sua filha e sentia muita tristeza. Ela também ouvia vozes dizendo para que ela tentasse se matar outras vezes. Foi então que ela decidiu ter outro relacionamento, mas sua situação piorou. “Conheci meu atual marido e, no começo, foi tudo maravilhoso. Depois, começaram as brigas e ofensas e, um tempo depois, descobri que estava grávida novamente. Além disso, descobri que meu marido era viciado em pornografia e, com tudo aquilo, a depressão ficou mais forte. Mesmo quando minhas filhas estavam em casa, eu tentei o suicído mais algumas vezes”, conta.
Kétlym alega que se sentia impotente diante da situação e que nutria a certeza de que a morte seria o fim de sua dor. “Eu não sabia que se eu me matasse o sofrimento seria pior e eterno, pois desconhecia a existência do inferno. Então, tentei o suicídio dez vezes. Hoje sei que Deus me livrou deles.”
Os sogros de Kétlym, obreiros na Universal, a convidavam para ir às reuniões, mas, segundo ela diz, no início ela só ia para agradá-los. Contudo, aos poucos, ela foi se firmando nas reuniões realizadas às sextas-feiras. Ouvindo a Palavra de Deus, ela aprendeu sobre a necessidade da Salvação. “Eu me batizei nas águas, me livrei da ansiedade, da depressão e dos desejos de morte, mas o vazio ainda existia.” Até que ela encontrou a alegria que tanto havia procurado. “Buscando a Deus, recebi o Espírito Santo e senti o poder dEle arrancando aquele sofrimento e o vazio. Minha alma foi curada e senti a alegria e o desejo de viver. Essa alegria vive em mim”, atesta.
Passado um tempo, o marido de Kétlym também se firmou na Presença de Deus. Com isso, ela conseguiu ter a família que sempre desejara.
“Sou feliz e meu casamento hoje é uma bênção. Onde existiam brigas e ofensas hoje existe amor. Posso chamar minha casa de um lar e buscamos juntos a Salvação, pois a luta por ela ainda não acabou”, encerra.
A escolha é sua
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14.6). Portanto, caro leitor, faça valer o sacrifício de Jesus em sua vida. Se deseja viver plenamente na Terra e alcançar a Salvação de sua alma, que viverá eternamente, abandone qualquer obstáculo que impede você de se voltar para Deus. ”Jesus prega tão forte quando fala do inferno, que Ele diz que se o seu olho faz você tropeçar, o arranca. Se tua mão faz você tropeçar, a arranca, ou seja, abra mão do que for para não ir para lá. Abra mão do que tiver que abrir, mas não vá para lá”, alertou o Bispo Jadson.
Abandone as atitudes erradas e se entregue ao Senhor Jesus agora mesmo, antes que seja tarde, pois no inferno não haverá mais como se socorrer. “Você vai para lá se você quiser, porque a vida é feita de escolhas”, reforçou o Bispo.