O mal, o bem e o ser humano

Mesmo que o homem queira fazer o bem, ele está programado pela natureza humana a ser guiado pela maldade. Mas ela pode ser combatida e vencida. Entenda de que forma isso acontece

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Muitas pessoas questionam constantemente por que existe tanta maldade no mundo e, diversas vezes, até colocam a responsabilidade disso na conta do Criador e fazem a seguinte pergunta: “se Deus é do bem, por que Ele permite tanta maldade?” Parte da maldade na Terra é originária do diabo, que foi expulso do Céu quando ainda era o anjo Lúcifer. No entanto, a razão da influência das atitudes malignas decorre também da natureza humana, que se manifestou pela primeira vez pelo pecado da desobediência de Adão e Eva, no Jardim do Éden, como está descrito em Romanos 5.12: “o pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram”.

A partir daí, podemos compreender que, ainda que o mal esteja no mundo por conta das ações do diabo, o ser humano já nasce com a inclinação para o mal e, por isso, mesmo que ele pense em praticar o bem, por si só não consegue, como o apóstolo Paulo observou em Romanos 7.21: “Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo”.

Ou seja, o mal está enraizado no ser humano, como uma lei que deve ser cumprida e não evitada, a partir de um desejo mais forte até do que o de fazer o bem, como Paulo também enfatizou: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”. (Romanos 7.19).

Assim, podemos dizer que a maldade do ser humano faz parte de sua essência desde o nascimento e vai se intensificando com o passar dos anos e com suas experiências. Essa é a razão pela qual muitas atrocidades são vistas pelo mundo, como violência e mortes, resultantes do uso de drogas, da prostituição e do desamor, entre outros maus sentimentos e más atitudes.

Você realmente é do bem?
Talvez a indagação acima seja um conflito dentro do seu íntimo ou você responda que não se considera uma pessoa “do mal” porque procura fazer o bem e não ter atitudes que prejudiquem outras pessoas. Porém, segundo disse recentemente o Bispo Renato Cardoso em uma reunião no Templo de Salomão, em São Paulo, a inclinação para o mal é algo evidente nos indivíduos, apesar deles não admitirem isso ou até desconhecerem esse fato. Há muitos, por exemplo, que afirmam que são do bem, mas plantam o que é mal e, por isso, têm problemas no trabalho, no casamento, na família, etc. “A raça humana tem esse conflito: mesmo sabendo o que é certo, muitas vezes faz o errado. Muitos sabem que o certo é falar a verdade, por exemplo, mas mentem”, exemplificou o Bispo.

Como combater o mal?
Como é possível então solucionar esse conflito? A resposta é: por meio do Próprio Deus, quando a pessoa tem um Novo Nascimento e recebe uma nova natureza por meio do Espírito Santo, que é a Fonte do Bem. “É preciso realmente se tornar dEle. Aí você entende por que não consegue praticar o bem, pois você não pertence a Ele. O mal é uma lei, algo difícil de mudar. Então, para ser do bem, você tem que passar a ser da Fonte do Bem”, acrescentou o Bispo Renato.

Quando o homem recebe o Espírito de Deus, ele passa a ter um Guia que o auxilia a vencer as intenções da carnalidade maligna e, para obter isso, se não houver um compromisso real com Deus, não basta frequentar uma Igreja, professar uma religião ou se considerar alguém de muita fé. Há quem faça tudo isso e até leia a Bíblia, mas tenha atitudes que desagradam a Deus. “O mal pode ser muito bonito e bem-educado. Às vezes, o mal está operando em você silenciosamente, fazendo com que você nutra pensamentos e desejos. Esse mal pode estar mascarado e, pelo seu medo de enfrentá-lo, ele vai crescendo como uma doença silenciosa”, salientou o Bispo.

Ele ainda disse que, para encarar o mal, é necessário notar as intenções de suas atitudes e pedir a Direção de Deus para examiná-las. Foi isso que o apóstolo Paulo fez, assim que ele encontrou essa “programação” dentro do seu íntimo. Ao se avaliar, ele percebeu que precisava da ajuda do Altíssimo para vencer a si mesmo. “Deus quer ser o Governador da sua vida, pois não sabemos fazer isso sozinhos e sempre iremos pela lei do mal. Mas, se houver a entrega de sua vida e você deixar prevalecer a Vontade dEle, você vai colher o bem e, quando o mal chegar, não vai atingir você, pois você estará protegido pelo bem”, observou o Bispo.

Esse combate às atitudes do mal já aconteceu na vida de muitas pessoas que reconheceram sua real natureza e recorreram à Fonte do Bem para que seu interior fosse transformado, como você acompanhará nas histórias a seguir.

“Eu sentia prazer em destruir casamentos”
No passado, Mônica Patrícia Teodoro, (foto abaixo) de 40 anos, técnica de enfermagem, teve vários relacionamentos malsucedidos ao procurar se relacionar com alguém que a fizesse feliz. Mas, por não encontrá-lo, passou a frequentar baladas, conheceu o álcool e se tornou dependente dele. Em seguida, ela se mudou para uma cidade do interior do Paraná, onde conheceu um rapaz com quem acreditava que iria construir uma família. Contudo ocorreu o contrário. “Nesse casamento, sofri muitas traições da parte dele e tivemos uma filha que foi crescendo com aquele sofrimento e até passávamos necessidades financeiras, pois ele gastava todo o dinheiro nos bares e com outras mulheres”, conta.

Essa foi a vida de Mônica até que ela decidiu ter as mesmas atitudes do marido. Assim, ela passou a se relacionar com homens casados, apesar de ainda estar casada. “Da mesma forma que eu era infeliz, eu queria que as outras pessoas também fossem e sentissem a mesma dor que eu sentia. Passei a levar homens para dentro da minha casa e sentia prazer em destruir casamentos”, descreve.

Ela afirma que percebia que um desejo forte a levava a ser amante, mesmo sabendo que essa atitude não era correta. Ela também se tornou viciada em relações sexuais. “Eu tinha plena consciência de que estava fazendo o que era mau, mas isso não me incomodava, pois o que eu queria era só prazer e ser desejada”, diz.

Contudo, quanto mais ela agia assim, mais infeliz ela ficava, o que a levou a tentar se suicidar, o que não ocorreu porque sua filha a impediu. “Eu via que tinha que cuidar dela, mas, na verdade, era ela quem cuidava de mim. Ela me dava banho quando eu estava alcoolizada e cuidava de si mesma porque não tinha mãe”, revela.

Depois de 13 anos, o casamento terminou e Mônica pensou que tinha se livrado daquele sofrimento, mas o mal ainda a acompanhava. “Eu dizia que, por estar solteira, seria feliz e iria ‘curtir a vida’, mas aconteceu totalmente o contrário. Eu sentia nojo de mim e, quando chegava em casa, era só solidão. Eu só pedia a Deus que me ajudasse a dar uma vida digna para as minhas filhas”, relembra.

Até que, certo dia, ao levar a filha à escola, Mônica pensou mais uma vez em tirar a própria vida, mas, no momento da tentativa, ela lembrou que existia uma Igreja Universal próxima à sua casa e foi até lá. “Cheguei chorando, sentindo desespero e dor e parecia que iriam rasgar o meu peito. Foi ali que eu me derramei para Deus e falei da minha vida, das minhas frustrações, da minha raiva e das minhas mágoas. Saí de lá leve e fui percebendo a ação de Deus em mim”, afirma.

Ela entendeu que a malignidade sempre iria acompanhá-la se a Fonte do Bem não entrasse em sua vida. Então, ela decidiu se entregar totalmente no Altar de Deus. “Eu não podia mais ficar com aquela velha criatura e com a perversidade que me acompanhava, com os desejos, os traumas e o mundo. Eu não queria mais nada, apenas paz”, completa.

Sua entrega possibilitou que ela recebesse o Espírito Santo, que lhe trouxe a mudança de seu interior. “Desde então, tenho uma alegria enorme dentro de mim, que não é passageira, mas que me incentiva a fazer o bem para as outras pessoas também”, diz.

Hoje, Mônica tem um casamento em que reinam a paz, o respeito e o amor. Ela se livrou dos traumas e da depressão e tem prazer em ajudar. “Deus restituiu minha vida financeira, sentimental e minha família. O Espírito de Deus fez de uma mulher alcoólatra e que destruía casamentos alguém que leva o Seu amor”, conclui.

“Bom” por alguns dias, mau nos demais
Foi o comportamento descrito acima que o empresário Arauto dos Santos Dias, (foto abaixo) de 42 anos, manteve por cerca de 12 anos. Ele teve uma infância conturbada, pois via o sofrimento de sua família diante das dificuldades financeiras e não tinha a figura masculina presente em casa. Procurando uma forma de fugir dessa realidade, aos 13 anos, ele começou a ingerir bebidas alcoólicas, mas parecia que os problemas nunca chegariam ao fim. Em busca de alívio, ele também passou a usar drogas, como maconha e merla (subproduto da cocaína).

Na esperança de ser feliz, aos 20 anos, Arauto conheceu Elisia Cardoso Picanço, hoje com 43 anos, porém, quando se casaram, os problemas continuaram. “Eu fiz minha esposa sofrer muito, por mais que eu não quisesse, até porque ela já tinha esse histórico de problemas também na família. Eu me aprofundei nos vícios e as coisas saíram do controle”, expõe.

Ele afirma que existiam muitas brigas que geraram até separações temporárias e que afetavam a filha deles. “Eu achava que era uma boa pessoa e agia como pai e marido na medida do possível, pois queria ser bom, mas, quando os finais de semana se aproximavam, os vícios me dominavam”, conta.

Arauto recorda que o poder dos vícios sobre sua vida era tão intenso que, quando ele saía de casa, voltava dias ou até semanas depois e que, agindo dessa forma, deixava sua família passando fome. “Eu deixava de comprar o básico para minha casa para gastar com os vícios. Eu preferia os colegas à minha família. Sempre quis o bem dela, mas não tinha forças para vencer o mal”, destaca.

Elisia e a filha do casal, Cássia, atualmente com 21 anos, sofreram muitas humilhações, pois não existiam recursos para a manutenção da casa. Foi nessa situação que ela conheceu o trabalho da Igreja Universal e passou a buscar pela mudança.

Depois de dez anos vendo sua esposa recorrer à Fé, Arauto foi levá-la à Igreja e teve o desejo de entrar e participar da reunião.

“Eu nunca pensei que precisava de Deus. Eu nem me lembrava dEle. Mas, como sempre, eu ia deixar minha esposa na porta da Igreja, o que eu fazia até as quintas-feiras, pois nos finais de semana eu estava ‘perdido pelo mundo’, e veio uma vontade de entrar. Depois que participei da primeira reunião, entendi o quanto precisava de Deus”, confessa.

Assim, Arauto passou a frequentar a Universal diariamente com sua esposa e a filha e entendeu a razão de suas atitudes. Ele conta como isso mudou: “quando tive um encontro com Deus e entreguei a vida para Ele”. Hoje, ele e Elisia celebram 22 anos juntos. Ele alega que, por passarem a ter a Fonte do Bem em suas vidas, viu a família ser restaurada e agora consegue ser bom pai, marido e provedor da casa. “Temos a paz que provém do Espírito Santo, pois hoje Ele reina em nossa vida e nos traz alegria, avanços e amor”, finaliza.

Ele abandonou o Bem e o mal prevaleceu
Diferentemente da história de Mônica e de Arauto, o representante comercial Helano Márcio Maia, (foto abaixo) de 44 anos, chegou à Universal na juventude. Ele tinha 15 anos quando foi a uma reunião na companhia de sua mãe, e, com o passar do tempo, conheceu a necessidade de ter o Espírito Santo. Dessa forma, ele entregou sua vida a Deus e logo passou a servi-Lo como obreiro. Em seguida, ele conheceu sua esposa, Maria do Socorro Maia. “Nós estávamos sempre servindo a Deus, sendo fiéis e eu era um bom marido, que tratava e cuidava bem dela. Era leal e fazia o bem”, menciona.

Contudo, no afã de conquistar bens materiais e se desenvolver financeiramente, ele deixou de investir na área espiritual e no relacionamento com Deus. Com isso, não ouvia mais a Voz nem a Direção do Espírito Santo. Dessa forma, ele se deixou dominar pelo mal proveniente de sua natureza humana. “Apesar de ser obreiro, comecei a trair minha esposa, a beber e a mentir para ela. Ela começou a notar, mas eu sempre afirmava que ela estava criando problemas onde não existiam”, esclarece.

Esse comportamento durou dois anos, mas Helano não conseguiu mais esconder o mal que tomava conta de sua mente e de suas atitudes. Então, ele decidiu não ir mais à Igreja, apesar de lhe ter sido oferecida ajuda espiritual. “Eu mergulhei de cabeça no mundo e no começo ia tudo bem. Só depois passei a ver as consequências disso”, diz. Ele revela que seguiu dessa forma e pensava que não tinha feito a escolha errada, pois, nos primeiros anos, somou recursos financeiros, estava sempre rodeado por mulheres e amigos, frequentava festas e consumia drogas. “Minha esposa estava grávida na época, mas ela era viúva de marido vivo, pois eu passava mais tempo em outros lugares e não com ela e cuidando da nossa família”, afirma.

Com o decorrer do tempo, ele passou a ver, como menciona, “a ruína do seu castelo de areia”, pois tudo passou a dar errado. Ele perdeu bens materiais e também a sua dignidade, pois nem sua mãe acreditava mais nele. “Em mim havia um enorme vazio, que nada podia preencher. Eu queria ser bom, voltar ao que era antes, mas não conseguia. Chegamos numa situação que eu necessitava da ajuda dos nossos familiares para comermos e nos vestirmos”, declara.

Diante da péssima realidade que enfrentava e no intuito de tentar solucionar o problema, Helano se envolveu com pessoas erradas e acabou sendo preso duas vezes por estelionato. “Esse foi o meu fundo do poço, pois eu estava ameaçado de morte, andava sempre armado, não tinha paz, não dormia e cogitava a morte diante do vazio e da angústia que sentia”, lembra.

Depois de 11 anos longe da Presença de Deus, ele decidiu retornar à Igreja. Para se livrar da vida que levava e voltar a ter o que tinha antes, ele sabia que o único caminho era por meio do Espírito Santo. “Com a vida em frangalhos, comecei a buscá-Lo e O priorizei. Eu não queria mais ser órfão de Deus e então Ele foi sendo derramado em mim. Me tornei, assim, verdadeiramente Filho do Altíssimo”, enfatiza.

Helano teve, então, seu interior transformado e hoje busca viver praticando o bem, começando pela sua alma e também com atitudes que beneficiam sua família e outras pessoas. “Tudo foi transformado e restaurado e hoje tenho um bom caráter, faço o bem, servimos a Deus juntos, temos paz, conquistas e a maior riqueza, que é o Espírito Santo”, encerra.

Passe a ter o Bem
Como você pôde ver, o mal de fato está enraizado na essência humana e tem o poder de controlar os sentimentos, os pensamentos e as atitudes das pessoas. No entanto isso não deve ser usado como justificativa para permanecer nos erros, como reforçou o apóstolo Paulo: “não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem” (Romanos 12.21). Ou seja, é preciso vencer essa malignidade sendo da Fonte do Bem, que é o Próprio Deus.

Se você considera que tem atitudes erradas, busque o Senhor Jesus. Arrependa-se dos seus pecados e volte-se para Ele. Ele Próprio, inclusive, deixou registrado em Lucas 5.31 que “os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento”. E se você já tem a Fonte do Bem dentro de você, se mantenha firme com Ela, afinal, quem, com uma natureza tão maligna assim, poderia se declarar “são”? Ninguém! Toda Humanidade, aliás, precisa recorrer ao Espírito Santo para distinguir entre o que provém da natureza carnal e do espírito.

Tenha o Espírito de Deus dentro de você e, dessa forma, o mal será combatido e vencido e você terá ações benéficas, pois, como bem disse o apóstolo Paulo, em Romanos 8.1: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

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