“O médico me deu uma sentença de morte”

Altina Limeira foi desenganada pela medicina. Ela estava com um câncer incurável

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A trabalhadora doméstica Altina de Souza Limeira tem 61 anos e mora em São Paulo desde 2001. Apesar de estar aposentada desde o ano passado, ela continua trabalhando. Contudo sua disposição para batalhar pela vida foi duramente testada há oito anos. “Ao apalpar os meus seios, descobri um caroço na mama direita. Quando procurei o médico, ele me deu uma triste notícia: me falou que eu estava com um câncer maligno e invasivo, que o tratamento seria paliativo e que não havia cura. O médico me deu uma sentença de morte”, afirma.

Mesmo já tendo recebido o Espírito Santo, Altina ficou muito abalada. Ela relata como foi o início de sua experiência com a Universal: “estou na Igreja há 23 anos. Quando vim para São Paulo, meu irmão me apresentou à Igreja. Ele me levou de surpresa até lá. Eu nem sabia o que era ser obreira, mas, quando vi aquelas mulheres lá, eu falei: ‘quero ser uma delas’. Eu nem imaginava que a fé que eu aprendi na Universal seria importante para enfrentar o que estava por vir”.

Ela destaca que viveu meses de provações ao começar o tratamento contra o câncer. “Eu tomava 18 comprimidos por dia. Passei por 16 sessões de quimioterapia e mais 30 de radioterapia. Eu estava muito fraca, caiu todo o meu cabelo e fiquei careca. No meio do tratamento, um ciclista desgovernado me atropelou bem na frente da igreja que eu frequentava. A bicicleta iria pegar uma criança de seis anos, mas, no susto, eu a afastei e o ciclista acabou me pegando. A bicicleta me jogou a cinco metros de distância, rolei ladeira abaixo e quebrei os dois braços”.

Com os braços imobilizados, Altina ficou totalmente dependente da família. “Meu esposo ainda não tinha falecido. Ele era um grande amigo e cortava frutinhas, bem pequenininhas, pegava o garfo e as colocava na minha boca. Minha filha me ajudava quando eu precisava fazer as necessidades fisiológicas e me dava banho. Foi constrangedor o que eu passei com o câncer e com o acidente”, afirma.

A aliança necessária para ter forças
Lutar contra o câncer, especialmente um considerado incurável, já é muito difícil e a situação de Altina se agravou depois do atropelamento. E ficou ainda pior quando, ao final dos tratamentos quimioterápico e radioterápico, surgiram outros problemas. Ela relembra o que ocorreu naquele período: “tive osteoporose como efeito colateral da quimioterapia, fiquei com fungos no corpo e todas as minhas unhas caíram. O câncer já estava se espalhando para outros órgãos, entre eles o pâncreas. Meu peso normal era 50 quilos, mas naquela fase eu pesava 40 quilos. Nem meu marido acreditava que eu fosse sobreviver”.

Foi nessa situação que Altina resolveu se apegar a Deus totalmente. “Eu falei: ‘meu Deus, o Senhor vai me dar forças para ir à Igreja’, porque eu tinha vontade de ir, mas não tinha forças. Comecei a usar a água consagrada na reunião, que familiares levavam para mim. Eu bebia essa água e me lavava com ela. Fui criando forças e comecei a ir às reuniões de terça-feira e depois também às de sexta-feira, fiz os propósitos e me entreguei completamente”, revela.

No final do ano passado, ela realizou uma bateria de exames de rotina. “Fui ao médico e fiz um exame completo de sangue, uma ressonância e nenhum deles acusou a existência de câncer. Deu tudo ausente. Eu não tenho nada, nem osteoporose. Os médicos me deram parabéns, mas não entenderam muito o que aconteceu, pois Deus confunde os sábios. Estou aqui hoje sã e salva e sou uma testemunha de que o Deus em quem deposito minha confiança me trouxe a cura”, finaliza.

As doenças que afetaram altina

Entenda o que é o câncer de mama
Ele pode ocorrer em mulheres e, raramente, em homens. Os sintomas incluem nódulo na mama, secreção com sangue que sai do mamilo e mudanças na forma ou textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase de desenvolvimento do tumor e pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Há casos em que ocorre a metástase. Se não for tratado adequadamente, o câncer pode matar.

Saiba o que é a osteoporose
É uma condição caracterizada pela perda de densidade óssea, o que faz com que os ossos se quebrem com mais facilidade. Ela pode afetar pessoas de ambos os sexos, mas é mais comum em mulheres depois da menopausa. Mesmo causando a perda de densidade em todo o esqueleto, a doença ataca especialmente os ossos do punho, da coluna e a cabeça do fêmur. Alguns tratamentos para o câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, podem aumentar o risco de osteoporose por conta dos seus efeitos colaterais.

Fonte: Ministério da Saúde

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Demetrio Koch