O “namorado perfeito” criado por inteligência artificial

Mulheres chinesas trocam homens reais por Dan: um namorado virtual gerado pelo ChatGPT

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Lisa Li, de 30 anos, é uma chinesa que “namora” Dan: um namorado virtual gerado pelo ChatGPT (forma de inteligência artificial). Ela estuda ciência da computação na Califórnia, Estados Unidos, e os dois conversam diariamente, flertam, saem juntos e até tem conversas mais íntimas.

É assim:

Dan significa ‘Do Anything Now‘, uma versão ‘jailbreak‘ do ChatGPT. Isso quer dizer que ele é capaz de burlar algumas das medidas de segurança básicas, para interagir de forma mais liberal com o usuário.

Lisa já apresentou Dan a seus milhares de seguidores nas redes sociais. Assim, este conceito de relacionamento está ganhando popularidade entre as mulheres chinesas que, fartas da dinâmica dos encontros reais, estão recorrendo a namorados criados por inteligência artificial.

Em entrevista para a BBC, Lisa contou que as conversas com Dan lhe dão suporte emocional sempre que ela precisa, não importa o momento. Outra usuária relatou para a reportagem que: “Ele não tem nenhum defeito, Dan é como um parceiro ideal, sempre vai dizer o que você quer ouvir.”.

Mas:

No relacionamento com outro ser humano será inevitável não lidar com defeitos, bagagens, opiniões e gostos pessoais. Essa busca desenfreada por um parceiro ideal, seja ele humano ou digital, só pode ter uma única raiz: o egoísmo.

“Não existe um parceiro ideal, porque todos temos falhas, defeitos e fraquezas. O certo é saber se ajustar ao outro. Se você começa um relacionamento pelas razões certas, já entra sabendo que terá de fazer ajustes. Porém se começa com o egoísmo, não irá aguentar a outra pessoa. Você só vai pensar em você, nas suas necessidades. Por isso dá errado”, explica Cristiane Cardoso no livro “Namoro Blindado“.

Entenda:

“Pessoa certa é fantasia, porque se você tivesse o poder de desenhar seu parceiro ideal, dentro de três ou seis meses com certeza iria enjoar dele. Isso porque você é falho e o ser humano muda com o tempo, a idade, as circunstâncias e as experiências da vida. O que existe são pessoas reais, com qualidades e defeitos aos quais você tem de aprender a se adaptar. É isso o que chamamos de pessoa adequada”, completa Renato Cardoso.

Confira o depoimento de Camila e Ederson. Eles venceram as diferenças e aprenderam a conviver harmoniosamente.

Assim:

Namoro e casamento feliz existe, é possível, mas dá trabalho. Para aprender o que considerar numa relação estável e duradoura ou consertar o que não vai bem, participe das palestras da Terapia do Amor que acontecem toda quinta-feira, no Templo de Salomão. Você também pode ir à Universal mais próxima de sua casa.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Foto: iStock