O país mais ansioso do mundo

Mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtorno de ansiedade. Saiba como identificá-la e não deixar que a preocupação excessiva e persistente paralise a sua vida

Imagem de capa - O país mais ansioso do mundo

Sentir-se ansioso é normal. Uma viagem, a apresentação de um trabalho, uma entrevista de emprego ou o primeiro encontro amoroso, por exemplo, são situações que mexem com a emoção e geram uma expectativa em relação a como as coisas transcorrerão. A ansiedade é exatamente isso, como explica Carolina Guimarães, psicóloga clínica
fenomenológica-existencial: “uma resposta emocional que a pessoa apresenta diante de situações percebidas como ameaçadoras ou estressantes e que é acompanhada por uma combinação de sintomas físicos, emocionais e comportamentais. É um mecanismo de defesa, uma reação natural do corpo que, na maioria dos casos, é muito útil, pois é a partir dessas situações que aprendemos qual é a melhor forma de lidar com possíveis momentos difíceis no futuro”.

Contudo o que diferencia a ansiedade considerada normal do transtorno de ansiedade generalizada (TAG) são a intensidade e a frequência dos sintomas. E é justamente nesse aspecto que o Brasil ocupa uma posição alarmante: a de país mais ansioso do mundo, com 9,3% da população portadora do transtorno, o equivalente a mais de 18 milhões de pessoas, segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017. Esse é o dado mais recente sobre o assunto, mas, considerando que a própria OMS registrou no primeiro ano da pandemia de covid-19 um aumento mundial da ansiedade e depressão de 25%, o quadro atual no País pode ser ainda mais crítico.

Carolina detalha que enquanto os sintomas de uma ansiedade normal desaparecem quando a situação estressante se resolve, no TAG a preocupação torna-se constante e exagerada e pode surgir até mesmo sem que exista uma ameaça real, o que impacta as atividades do dia a dia. “O TAG pode ser tão intenso que dificulta até mesmo as tarefas mais simples e cotidianas e os sintomas podem durar semanas, meses ou até anos”, diz Carolina. Leia o infográfico abaixo e aprenda mais sobre a ansiedade.

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Colaborador

Núbia Onara / Arte: Edi Edson