O Papa fala, a Bíblia o contesta

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Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, esteve em um encontro inter-religioso com jovens em Cingapura, em 13 de setembro, onde alegou que “todas as religiões são um caminho para nos aproximarmos de Deus. E faço esta comparação: são como línguas diferentes, diversos idiomas, para chegarmos lá. Mas Deus é Deus para todos. E porque Deus é Deus para todos, todos nós somos filhos de Deus. ‘Mas o meu Deus é mais importante do que o vosso! Será que isto é verdade? Só há um Deus, e nós, as nossas religiões são linguagens, caminhos para chegar a Deus. Uns sikh [religião fundada por Baba Nanak que tinha por objetivo a fusão entre o islamismo e o hinduísmo], outros muçulmanos, outros hindus, outros cristãos, são caminhos diferentes. Entendido?”

Vamos entender a declaração à Luz da Palavra de Deus? O papa diz que “todas as religiões são um caminho” e logo depois diz “caminhos”, no plural. Enquanto isso, Jesus afirma em João 14.6: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Percebe? Jesus disse que é “o” caminho, não “um” caminho, tampouco fez tal afirmação no plural. O Salvador tornou-Se o caminho justamente porque “todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho” (Isaías 53.6).

Essa afirmação do Senhor Jesus nem abre margem para uma interpretação diferente. Até porque Ele também é a Verdade e “a Tua Palavra é a Verdade desde o princípio” (Salmos 119.160) e a qual princípio o salmista se refere? “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (…). E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.1-14), ou seja, a Palavra se materializou, transformando-Se em carne, para cumprir o Plano de Salvação e revelar o único caminho até o Pai. Não é por méritos, pela igreja que se congrega ou pela doutrina que se segue. A vida eterna é garantida única e exclusivamente por meio dEle, como corroborado em Atos 4.12: “e em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.

Outro ponto a ser verificado é: “Deus é Deus para todos”? Deus é Deus, isso é fato! Mas “para todos”? A Bíblia diz que o Altíssimo não faz acepção de pessoas (Romanos 2.11), no entanto Deus só pode ser Senhor daqueles que permitem que Ele assuma tal posição (Apocalipse 3.20-21), até porque temos o livre-arbítrio e cabe a nós escolhermos reconhecer o senhorio dEle. Como? “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.31-32).

Por fim, o papa também voltou a dizer que “todos nós somos filhos de Deus”, todavia o Próprio Senhor Jesus pediu para que seus discípulos pregassem o Evangelho “a toda criatura” (Marcos 16.15), logo já identificamos que nem todos são filhos do Altíssimo, mas criaturas do Criador. Apenas aqueles que recebem o Evangelho e creem no Senhor Jesus é que passam a ser filhos (João 1.12) e isso é reafirmado em Romanos 8.9-14 quando o apóstolo Paulo diz que “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle. (…). Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são os filhos de Deus”.

Devemos dialogar com quem pensa diferente? Sim, sem dúvida. Dialogar e respeitar. Mas jamais podemos assumir uma “verdade” contrária à Palavra de Deus. E para deixar claro: não estamos condenando ninguém ou dizendo que a religião X ou a igreja Y está errada e condenada. Pelo contrário, em Mateus 7.1 há um alerta: “não julgueis, para que não sejais julgados” e o cristianismo nos ensina a amar o próximo como a nós mesmos (Mateus 22.39). Isso é um fato incontestável. E, apesar de sermos humanos e estarmos sujeitos a equívocos, a Palavra de Deus é clara sobre O Caminho que nos leva a alcançar a graça da Salvação e nos tornarmos filhos do Deus-Pai. Isso também é um fato incontestável.

Por fim, não podemos confiar cegamente nos homens, mas, sim, recorrer à Sagrada Escritura sempre! Afinal, “a sabedoria do prudente é entender o seu caminho, mas a estultícia dos insensatos é engano. (…). Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14.8-12). Então, avalie a quem você tem dado ouvidos, por qual caminho tem andado e, se for necessário, mude a rota para O único caminho que leva a uma aproximação com Deus e à vida eterna.

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Colaborador

Redação / Foto: Dicastero per la Comunicazione/Vatican Media