O perdão transforma
Conheça a história de Letícia Maria da Costa Santos. Ela foi vítima de abuso e conseguiu superar os traumas do passado, que tanto mal lhe fizeram
A autônoma Letícia Maria da Costa Santos, (foto abaixo) de 25 anos, enfrentou uma situação de abuso que marcou a sua vida. Aos 12 anos, ela foi molestada por um tio com o qual tinha muito contato e que era muito querido por ela. “Era como se fosse um pai para mim, era o adulto da minha confiança, mas, quando aquilo aconteceu, o meu mundo desabou.”
À época, Letícia não contou para ninguém sobre os abusos, que se tornaram frequentes, pois tinha medo da reação do pai. “Meu pai era muito bravo, fiquei com receio de que ele fizesse alguma besteira e fosse preso por minha culpa”, recorda.
A jovem, que era vítima, achava que o fato de ser abusada era culpa dela. Com o trauma, surgiram problemas como síndrome do pânico e uma tristeza profunda. Ela se tornou uma pessoa introspectiva e, aos 13 anos, passou a praticar esportes, o que virou uma válvula de escape para o seu problema. “Eu jogava futsal, recebia muita atenção na escola e era popular, mas toda essa atenção não me preenchia. Eu vivia flertando com os meninos e as meninas da escola, aquele era o meu mundinho da fama. No fundo, eu tinha muito medo de ser excluída pelas pessoas e de ficar sozinha porque esta realidade eu já vivia todos os dias dentro de casa.”
Letícia, que continuou a sofrer abusos na adolescência, explica que procurava sempre se adequar às pessoas para que fosse aceita por elas.
“Se um amigo bebia, eu bebia também; se a pessoa fumasse, lá estava eu fumando.”
Ela conta que cometia furtos dentro de casa e fora dela, que era viciada em pornografia e que se envolveu com mulheres.
Ela sofreu abusos até os 17 anos e passou também a nutrir um sentimento de ódio e vingança pelo tio. “Eu desejava matá-lo a facadas. Eu pensava: ‘vou para casa dos meus tios, como se fosse para passar um tempo lá, e, quando minha tia sair, eu escondo uma faca na minha roupa e o ataco quando ele estiver distraído’”, afirma.
Buscando ajuda
Letícia conheceu o trabalho da Universal aos 19 anos, quando participou de um torneio de futebol organizado pelo grupo Força Jovem Universal. Ela conta que, a princípio, não gostava da Igreja, mas participava mesmo por conta do futebol. Ela relembra, entretanto, que, ao participar de uma reunião, a palavra do Pastor chamou sua atenção. “O pastor questionava até que ponto a pessoa aceitaria viver daquele jeito, com a vida toda amarrada, e fez um apelo para que deixássemos as críticas de lado e passássemos a fazer do jeito de Deus. Aquilo me tocou.”
Não demorou muito para que Letícia se entregasse a Deus por meio do batismo nas águas e ouvisse falar do Espírito Santo. “Eu interpretava Deus como algo muito distante da minha realidade e achava que só quem fosse aprovado por Ele recebia a Presença dEle. Eu achava que não era essa pessoa.”
Aos poucos, Letícia foi aprendendo mais sobre a fé e entendeu que o Espírito Santo não vinha para quem era capaz ou O merecia, mas para aqueles que O reconheciam como Salvador.
Letícia passou a sacrificar as suas vontades e entendeu que deveria perdoar até mesmo o tio. “Eu o perdoei por tudo que ele tinha feito para mim. Me limpei, tive o meu encontro com Deus e fui batizada com o Espírito Santo”, revela.
Ela frequenta a Igreja Universal há seis anos e confirma que sua vida foi transformada. Além da mágoa, Letícia se libertou dos vícios, das más companhias e pode desfrutar de uma vida plena. Hoje, ela é casada, tem uma filha e vive a bênção de Deus em todas áreas de sua vida.