A rotina básica de uma pessoa é composta por uma série de ações, seja no trabalho, seja em casa, no local de estudos ou até nos trajetos que ela faz. Você já parou para se perguntar o que está por trás das suas ações? Há quem faça tudo pensando no que pode ganhar em troca, nas recompensas. São pessoas que podem até fazer muitas coisas, mas com o objetivo de serem servidas e não de servir no sentido cristão.

No mundo em que vivemos, o ato de servir ao próximo está cada vez mais desvalorizado e é visto, inclusive, como algo capaz de rebaixar uma pessoa. Mas será que é isso mesmo? No dicionário, a palavra servir é definida como “ser útil a alguém ou algo, auxiliando-o a realizar ou conseguir alguma coisa; atender; e cuidar”. Sendo assim, aquele que serve não é menor, mas alguém que faz a diferença por onde passa.

Olhando para o seu interior
Não são raros os casos em que as pessoas, inclusive cristãs, são “engolidas” pela rotina e deixam de avaliar as intenções que estão por trás de suas atitudes. Em um vídeo recente da série Meditação na Palavra, disponível no Univer Vídeo, a colunista Cristiane Cardoso comparou os comportamentos de Saul e Davi descritos na Bíblia.

Ambos foram reis e pecaram contra Deus, mas enquanto Saul valorizava mais sua posição e o prazer de ser servido, Davi tinha em seu coração o apreço pelo privilégio de servir a Deus. As diferentes intenções deles levaram a diferentes reações do Criador.

“Nós temos que ter esse entendimento em relação ao servir. Deus está olhando a intenção, o porquê você faz o que faz”, diz Cristiane. Dessa forma, mesmo nas falhas, há compreensão por parte de Deus: “Ele vai corrigir você, mas não vai rejeitá-lo”.

O privilégio de servir
Entre as características das mulheres que querem ser servidas, Cristiane cita as reclamações, que ficam evidentes quando uma pessoa afirma que não “aguenta mais”, quando se queixa das exigências, das obrigações e até da disciplina. Infelizmente, esse tipo de situação acontece até na Obra de Deus.

Enquanto a mulher que está disposta a servir se questiona sobre como pode acrescentar algo e o que pode fazer para ajudar a Obra de Deus, aquela que quer ser servida pensa como pode tirar proveito das situações. “O caráter do nosso Pai é dar. Ele está sempre dando, sempre servindo. Quando Ele fala para nós servirmos a Ele, Ele já está nos servindo há muito tempo, desde o início. Ele é Pai e Senhor. Cadê a honra a Ele? Cadê o serviço a Ele?”, questiona Cristiane, fazendo referência a um trecho do livro de Malaquias (1.6), que afirma: “O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? (…)”.

“A Obra de Deus é um privilégio para poucos”, afirma a colunista, que ressalta que o ato de servir a Deus vai além de um uniforme, de um título de servo, inclusive vai além das paredes que cercam a igreja, já que cada pessoa reflete em suas ações aquilo que traz dentro de si, mesmo quando está em casa. O cristianismo não comporta, por exemplo, uma pessoa que quer tirar proveito do patrão ou da empresa onde trabalha por meio de mentiras, afinal, ao servir a outra pessoa, é como se estivéssemos servindo a Deus.

Segundo Cristiane, “quem quer servir não trabalha por dinheiro, recompensa, posição ou benefícios, não trabalha por nada disso. Simplesmente tem prazer em servir, em saber que está fazendo a diferença”.

Em uma sociedade repleta de pessoas que querem ser servidas, aquela que serve é criticada. Quantas mulheres são malvistas por servirem ao marido? Apesar do que a corrente feminista prega, o cuidado com o próximo não saiu de moda, ainda mais quando esse próximo é aquele que divide a vida com você.

Assim, muito mais do que uma obrigação, o ato de servir demonstra a sua mais sincera gratidão por tudo o que Deus já fez em sua vida. Diante de tudo isso fica a reflexão: em qual grupo você está?