O que o seu negócio precisa para evoluir?
Veja por que é importante cuidar da parte financeira de seu empreendimento
A pandemia causou efeitos devastadores não só na saúde dos brasileiros, mas também nos negócios. Apesar disso, aos poucos, muitos setores dão sinais de recuperação. A busca por empréstimos para dar suporte a novos negócios, por exemplo, cresceu 4% entre janeiro e março, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa de crédito pessoal on-line Simplic. Só nos primeiros quatro meses de 2021, foram abertas 1.392.758 empresas, o que representa um aumento de 17,3% em comparação com o último quadrimestre de 2020, conforme dados do governo federal.
Contudo, mesmo diante dessa retomada, muitos empreendedores ainda não entendem a necessidade de organizar e cuidar das finanças da empresa para crescer mesmo em períodos de crise. Para Fábio Ieger, CEO da iCertus, startup voltada para orientação financeira e crédito para pequenos negócios, cuidar do setor financeiro da empresa é fundamental. “Ele concentra todos os funcionários e tudo o que você compra, paga e tem a receber. Todos os seus fornecedores, prestadores de serviços, tudo se reflete nele e, por isso, sua administração é o mais importante na empresa”, avalia.
Segundo ele, geralmente, o grande problema é que o dono da empresa é desorganizado na vida pessoal e isso se reflete na empresa. “É muito importante que esse pequeno empresário consiga dividir, ao menos, o dinheiro da empresa e o dele. O ideal é que ele tenha um salário como se fosse um funcionário. No Brasil também não somos instruídos para saber gerir, mas para sermos funcionários. Quando alguém passa a ser dono, não conhece conceitos como capital de giro, fluxo de caixa, lucro, despesas e como organizar a empresa”, analisa.
Por isso, planejar o negócio e o setor financeiro é muito importante: “é necessário que você realmente saiba quanto custa o seu produto, por quanto você o vende e qual é a sua margem de lucro. O primeiro ponto é entender o que é custo e o que é despesa. Custo é tudo o que envolve o produto que você faz e tudo que tem relação com ele. Se eu comprei matéria-prima, isso é um custo, mas, se eu paguei um funcionário, o aluguel ou a gasolina do carro da empresa é despesa”, explica.
O consultor também orienta o empresário a ficar atento ao fechamento de caixa. “É o ato mais importante e deve ser feito não só ao final do dia, mas a cada momento que houver a troca de quem estiver no caixa. Se você usou dinheiro do caixa para pagar algum funcionário ou um prestador de serviço ou até mesmo pegar aquela água que acabou no escritório, isso tem que aparecer no fechamento. Basicamente, se você anotar tudo o que paga, quanto paga, para quem paga, já terá essa lista”, esclarece.
Outro problema é que muitos não se formalizam: “se você não tiver uma conta-corrente em nome do seu negócio, pode não conseguir receber por um serviço prestado a uma grande empresa. Hoje há bancos que abrem contas simples e não cobram mensalidade”, diz.
O consultor avalia que, às vezes, essa organização pode parecer realmente complicada. “O próprio Sebrae disponibiliza planilhas de gestão financeira gratuitamente e também existem plataformas gratuitas com as quais você pode gerenciar não só a área financeira, mas a empresa como um todo. Você pode comprar, vender e controlar o estoque e a produção. Se você realmente não consegue ter tempo para isso, contrate um estagiário, pois o custo não é tão alto e é uma opção para ajudar a organizar essa documentação.”
Se você ainda não sabe por onde começar a gerenciar as finanças de sua empresa, faça como muitas pessoas e participe do Congresso para o Sucesso, palestra motivacional que ocorre no Templo de Salomão todas as segundas-feiras, às 7h, 10h, 12h, 15h, 18h30 e 22h, ou na Universal mais próxima de você.