O que o tempo seco faz com sua saúde?

A secura do ar, comum ao inverno, causa ou agrava males respiratórios e outros problemas que podem ser evitados ou amenizados com medidas simples

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Com a baixa de chuvas no inverno, o clima fica muito seco e, associado ao frio, às queimadas, aos incêndios florestais e ao costume de ficar em lugares fechados (às vezes empoeirados), abre as portas a doenças respiratórias e outros problemas de saúde.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade abaixo de 12% é classificada como estado de “emergência”; entre 12% e 20%, de “alerta”; e, entre 21% e 30%, de “atenção” . Entre 12% e 25% é considerado clima de deserto.

A umidade ideal do ar, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve ser igual ou superior a 60%. Qualquer número abaixo disso exige providências, pois, no clima seco, partículas sólidas (como poluição e poeira) e agentes causadores de doenças (como vírus, bactérias, ácaros e esporos de fungos) permanecem suspensos no ar por mais tempo, causando ou agravando a maioria dos males respiratórios.

O uso correto das máscaras de proteção, atualmente obrigatório em áreas públicas ou de uso coletivo por causa da pandemia de Covid-19, tem ajudado no inverno, segundo a OMS. Isso porque mantém as narinas menos secas, por não permitir que toda a umidade do ar se evapore tão rápido e por reter do lado de fora partículas e agentes infecciosos. Entretanto, muitos brasileiros não usam as máscaras ou as usam incorretamente, o que invalida esse benefício.

Uma das regras básicas citadas pela OMS é se manter hidratado e conservar o ambiente em que se está com boa umidade. Porém, vale lembrar que a estiagem deste inverno está bem maior que a de anos anteriores em todo o Brasil e é preciso usar a água com inteligência, evitando o desperdício. Também é necessário consumir a energia elétrica com racionalidade, já que ela, quase sempre, depende de água para ser gerada.

Algumas medidas simples podem deixar o ar menos seco dentro de casa e no trabalho. Ao ar livre também é possível tomar cuidados para evitar os transtornos da estação. Ao ter essa atenção é possível evitar a superlotação de pronto-socorros, que sempre acontece nessa época devido ao alto índice de doenças respiratórias e viroses.

No Cerrado brasileiro, o ar seco é um problema que atinge a população quase o ano inteiro, por suas condições climáticas e geográficas.

Foi lá, portanto, junto à Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que buscamos informações e dicas preciosas para impedir – ou, pelo menos, suavizar – os danos da secura. Confira nas ilustrações.

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Colaborador

Marcelo Rangel / Arte: Edi Edson