O que pais e filhos precisam para conquistar um futuro feliz
Em mensagem no domingo último (27), o Bispo Renato Cardoso e sua esposa, Cristiane Cardoso, falaram acerca desse tema durante a cerimônia especial "A Bênção dos Filhos”
O relacionamento e o bom convívio entre pais e filhos não têm sido tarefa fácil para ambas as partes. Muitos já perceberam que qualidade de vida e educação não estão sendo suficientes para que os filhos trilhem seu caminho da melhor maneira. Mas, o que falta não está relacionado às coisas materiais e, sim, ao espiritual. Sem a bênção de Deus, todos os esforços são inúteis. Entretanto, muitos pais e mães, e também filhos, não têm se atentado para isso.
Em mensagem no domingo último (27), o Bispo Renato Cardoso e sua esposa Cristiane Cardoso falaram acerca desse tema, durante a cerimônia especial “A Bênção dos Filhos”. O Bispo destacou uma situação que já vem acontecendo há algum tempo no relacionamento entre pais e filhos: a substituição da importância do papel de pai e do papel de mãe na vida dos filhos.
“Estamos aqui para alertar sobre um projeto de destruição da família que está acontecendo agora nos nossos tempos. Que é muito maior do que a destruição da família, é a destruição da fé. Porque, assim como os pais estão sendo substituídos na cabeça dos filhos, o projeto do mal é substituir o Pai Celestial na vida das pessoas. Porque no momento em que você perde a referência de pai, de mãe de família, você perde a referência do Deus-Pai”, disse.
Outras fontes de referência
O Bispo Renato explicou que conforme o papel dos pais vai sendo substituído por outros artifícios durante a criação dos filhos, com o tempo, um passa a não reconhecer mais o outro da mesma maneira como se percebiam antes. Isso acontece porque os filhos estão tendo outras fontes como principais referências, a maior parte delas fora do ambiente familiar. De forma que muitos filhos, hoje, não consideram os pais essenciais na vida deles.
“Porque o que antigamente era suprido pelos pais, hoje, é pelo mundo (…) por uma ideia: ‘se eu der conforto, dinheiro e prover uma vida material boa, então, darei uma vida melhor aos meus filhos’. A intenção é boa, mas, muitas vezes, o resultado é desastroso”, afirmou.
A carência da falta dos pais
Cristiane ainda apontou outro aspecto desencadeado por essa questão: a carência que pode ficar na vida de uma pessoa, como um trauma mal resolvido da falta de relacionamento com os pais.
“Um dos problemas que a pessoa carrega para o resto da vida, quando não teve um relacionamento com pai e mãe, é um problema interior. Por fora, a pessoa tem a independência dela, trabalho, amizades… Mas, por dentro dela fica uma carência. E é isso que faz com que, por exemplo, entre em um relacionamento errado, ature coisas erradas, aceite abusos e agressões. É um buraco, um vazio que fica dentro na pessoa”, pontuou.
Ela ainda defende que, mesmo diante dos erros e falhas dos pais, é importante que os filhos não cortem o relacionamento, não removam o papel de pai e mãe de suas vidas. Para não perderem as referências e não correrem o risco de sofrer a consequência dessa dor para o resto da vida. “O relacionamento entre pais e filhos não é descartável. ‘Honrará o teu pai e tua mãe’ é um mandamento e está na estrutura do ser humano. Você não pode fingir que não tem pai e mãe”.
Não há substituto para os pais
Para concluir, Bispo Renato falou sobre o projeto do mal versus o projeto de Deus para a vida de um pai e de um filho:
“Quando a pessoa rejeita os pais — ou, os próprios pais deixam o filho para lá — está cumprindo o projeto do mal, se aliando a isso, que é colocar uns contra os outros dentro da própria família. O projeto do mal para o final desse mundo é uma guerra que vai acabar com a humanidade, isso é profecia e não pode ser evitado. Mas, para você que é da fé (…) não precisa começar essa guerra dentro de casa. Se você quer cumprir o projeto de Deus tem que começar com esse entendimento: não há substituto para os pais. Deus é Pai, e também é Filho, e é Espírito Santo. Somente quando você tem o espírito de Deus, consegue ser um pai melhor, um filho melhor.”