O seu negócio é sustentável?

A precificação correta é indispensável para que um empreendimento possa crescer. No entanto muitos empreendedores ainda não sabem quanto cobrar por seus produtos ou serviços

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De acordo com dados da edição de 2022 do Global Entrepreneurship Monitor, estudo feito pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), cerca de 51 milhões de brasileiros têm interesse de abrir um negócio próprio.

A pesquisa ainda mostra que quase 70% da população brasileira adulta, de 18 a 64 anos, estava envolvida com o empreendedorismo. No entanto dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) sobre o percentual de sobrevivência de empresas no Brasil trazem preocupação: a cada quatro estabelecimentos abertos, um fecha antes de completar dois anos de existência.

Isso ocorre porque empreender é um grande desafio, principalmente em relação à gestão empresarial, que não é uma tarefa fácil. Um deles é precificar serviços e produtos, tanto que 89% dos empresários ou autônomos não sentem confiança na hora de fazer a formação do preço, segundo uma pesquisa feita pela startup Preço Certo com 10 mil empresas brasileiras.

Driblando o problema
Lucia Gomes, consultora de negócios do Sebrae-SP, diz que, do ponto de vista financeiro, um negócio sustentável é aquele que tem condições de manter suas operações e saldos positivos: “precificar de forma adequada e vender com o preço certo contribuem para que o caixa fique positivo e seja possível manter a empresa em atividade e crescendo”.

Muitos empreendedores se preocupam apenas com o preço oferecido ou como o negócio será visto pelo cliente final. No entanto, o empreendedor que deseja ter um negócio sustentável não deve competir por preço. “Nem sempre o cliente valoriza o mais barato. Busque o público que valorize suas entregas pelo preço que você cobra. O preço de venda de um produto ou serviço representa os benefícios que ele entrega para o cliente”, salienta Lucia.

NA PONTA DO LÁPIS
Lucia acrescenta que, para fazer a precificação de forma efetiva, é importante que o empreendedor entenda todos os detalhes envolvidos no processo produtivo ou na prestação do serviço. “Para precificar de forma correta, é fundamental conhecer todos os custos envolvidos na operação da sua empresa, inclusive a mão de obra, e definir uma margem de lucro que seja aceita pelo mercado”, esclarece.

Lucia ainda reforça que o caminho para atingir essa meta é entender a margem de lucro, os preços de mercado, os objetivos da empresa e os seus custos. Ela ainda aconselha que se proceda o cálculo do mark-up, “um indicador numérico que, aplicado ao custo direto do produto ou do serviço prestado, permite encontrar o preço de venda. Seu principal objetivo é garantir que o preço estabelecido cubra, de fato, todos os custos, tanto fixos como os variáveis, e ter o retorno desejável”, conclui.

Ainda ficou com dúvidas ou quer entender melhor como realizar a precificação e ter um negócio sustentável? Acompanhe as dicas contidas nos quadros acima.

Apoio espiritual
Além de aplicar seus conhecimentos técnicos e sua experiência em seu negócio, você também pode fortalecer a sua fé e se inspirar nos ensinamentos bíblicos. Para isso, participe do encontro Prosperidade com Deus, que ocorre às segundas-feiras, em diversos horários, na Universal em todo o Brasil.

As reuniões são baseadas na Palavra de Deus e ajudam os participantes a enfrentar e vencer obstáculos na vida profissional. Procure uma Universal mais próxima de você ou confira alguns endereços na página 32.

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Colaborador

Camila Teodoro / Foto: Tetra Images/getty images / Arte: Edi Edson