Ódio do bem?
“Jair Bolsonaro está com Covid-19. Torço para que o quadro se agrave e ele morra. Nada pessoal.” Foi com essa frase que o jornalista Hélio Schwartsman começou seu artigo em sua coluna do portal do jornal Folha de S. Paulo (ele também faz parte do conselho editorial do veículo). Schwartsman e outras pessoas compartilham da mesma opinião, vide a hashtag #forçacovid que “bombou” no Twitter logo depois que saiu na mídia que o presidente estava com sintomas da doença.
“Eu não duvido NADA de ser tudo armação pra dizer que cloroquina salva. Eu não espero mais nada dessa gente”, publicou uma internauta.
Vários usuários que se intitulam de “esquerda”, os promotores da tolerância, desejaram não apenas a morte do presidente como também chegaram a afirmar que ele estaria mentindo para promover o uso da cloroquina.
O fato é que esse “ódio do bem” não é surpresa para quem tem acompanhado as manifestações desse grupo nos últimos tempos. Em 25 de maio, por exemplo, o segurança George Floyd, que era afroamericano, foi morto de maneira brutal (um policial branco o asfixiou se ajoelhando em seu pescoço).
O caso foi visto como uma atitude racista. A notícia correu o mundo e causou revolta em todos. De fato, foi horrível, mas, lamentavelmente, esse episódio abriu um caminho para muitos grupos oportunistas aparecerem, como o Antifa (antifascistas) e o Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), autores de muitos protestos violentos seguidos de saques, que ocorreram, no caso deste último, nos Estados Unidos.
Todos iguais?
O curioso dessa história toda é que ao mesmo tempo que a esquerda tenta promover que “somos todos iguais” não age assim na prática, tendo em vista a morte que ocorreu dias depois do capitão de polícia aposentado David Dorn, de 77 anos, assassinado a tiros por manifestantes que participavam da noite de protestos por causa da morte de George Floyd.
Ele também era afroamericano. Sua morte também foi filmada. Mas por que ela não teve a mesma importância e repercussão que a de Floyd? O que é certo vale para alguns, mas não para outros? Infelizmente, é exatamente isso que estamos vendo nos dias atuais. Então, seriam essas atitudes consideradas “um peso e duas medidas” ou “dois pesos e duas medidas”?
A luta ideológica em nosso país só é válida para um lado? Fica a reflexão e o alerta para você que tem se permitido ser influenciado por aqueles que vão contra a fé cristã, pois o próprio Deus diz em Provérbios 20.23: “Pesos diferentes são abomináveis ao Senhor, e balança enganosa não é boa” e acrescenta em Deuteronômio 25.13-16: “Na tua bolsa não terás pesos diversos, um grande e um pequeno. Na tua casa não terás dois tipos de efa, um grande e um pequeno. Peso inteiro e justo terás; efa inteiro e justo terás; para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor teu Deus. Porque abominação é ao Senhor teu Deus todo aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça”. Ou seja, na linguagem popular, significa dizer que há condutas, controvérsias, injustiças e diferenças diante de uma mesma situação.
A verdade é que a vida do segurança não importava tanto assim para aqueles grupos radicais (nos perdoem os politicamente corretos). Está claro que, assim como eles, muitas outras organizações intituladas de esquerda se escondem por trás de determinadas bandeiras que pedem igualdade para fortalecer e estimular ainda mais a segregação, o ódio e as polarizações entre negros e brancos, esquerda e direita, etc.
Não há um interesse genuíno em promover a união mesmo quando as ideias divergem e isso ficou mais claro ainda quando a hashtag #forçacovid ganhou voz entre os que se dizem “do bem e do amor”.
Essas ações só comprovam, cada vez mais, que a turma humanista não difere da turma de comportamento mais extremo do outro lado (AI-5, Forças Armadas, autoridades de diversas instituições xingadas). O fato é que para os que têm bom senso os extremos são condenáveis, não importando o lado. No entanto os primeiros são pró-democracia e os últimos antidemocráticos, dignos de serem presos e calados. Dois pesos e duas medidas.