Os chilenos se arrependeram da escolha do seu novo presidente?
Em poucos meses de mandato, o novo presidente do Chile enfrenta a maior rejeição da história do país
Após apenas sete semanas de mandato, o novo presidente do Chile, Gabriel Boric, esquerdista, é reprovado por 53% dos chilenos. As informações são do Instituto de Pesquisa Cadem.
Quadro geral:
Em 13 de março deste ano, Gabriel Boric, de 35 anos, tomou posse como presidente do Chile, depois de derrotar o candidato da direita, José Antonio Kast, por 55,9% a 44,1%.
Logo no início de seu mandato, Boric possuía aprovação de 50%, sendo rejeitado apenas por 20% da população chilena. Porém, esse índice logo despencou, se tornando a maior derrocada de popularidade na história do Chile.
O que analisar:
Não foi preciso muitos meses para os chilenos demonstrarem arrependimento pela escolha do seu novo presidente. Além disso, os números de votos mostraram que houve cerca de 47% de abstenções. Ou seja, quase metade da população resolveu não exercer o seu direito como cidadão e votar.
O resultado disso é que manifestações se espalham pelo país contra a nova Constituição que está sendo redigida. “Nossa constituição deve ser defendida, porque onde a esquerda chega, é um fracasso certo”, declarou o agente de segurança, Klen Cornejo, à Agência Efe.
A população também tem feito manifestações contra a migração ilegal e o aumento da criminalidade no país.
Frustração com candidatos de esquerda em outros países:
Na Argentina, desde o ano passado, a popularidade do presidente Alberto Fernández, do Partido Justicialista, de esquerda, tem caído de forma expressiva. Diminuindo desde abril de 2020, sua aprovação chegou a 26%, sendo este o nível mais baixo desde o início do seu mandato. Atualmente, 72% dos argentinos não aprovam a sua gestão.
Já nos Estados Unidos, com um ano na presidência, Joe Biden, do Democratas, também de ideologia esquerdista, segue crescendo nos índices de rejeição e impopularidade. Ele começou o mandato com 56% de aprovação dos americanos, de acordo com a RealClearPolitics.
Porém, desde então, esses números só diminuem e, atualmente, o presidente dos Estados Unidos tem apenas 42% de aprovação e 52% de rejeição.
Por que isso importa:
O que os presidentes do Chile, Argentina e Estados Unidos têm em comum? A sua ideologia política de esquerda. Em ano de eleições no Brasil, a realidade que acontece nesses países serve de baliza para que os brasileiros avaliem que caminho seguir ao fazer suas escolhas de seus representantes nas urnas, principalmente a escolha daquele que ocupará pelos próximos quatros anos o cargo mais importante do país: o presidente da República.
Afinal, é importante lembrar que este terá em mãos a capacidade de sancionar ou vetar leis que interferem no cotidiano de todos os cidadãos.