Os malefícios de um "relacionamento ioiô"
Manter um “relacionamento ioiô” faz mal para as duas pessoas envolvidas. Essa é a conclusão a que chegou a pesquisadora Amber Vennum, da Universidade Estadual do Kansas (EUA). De acordo com os resultados obtidos, a cada nova tentativa o casal tende a se distanciar ainda mais, ao invés de se reaproximar.
“Relacionamento ioiô” é aquele em que as duas pessoas terminam e voltam inúmeras vezes, sem nunca realmente decidirem o que querem.
É o caso, por exemplo, de Neymar e Bruna Marquezine. Os dois se aproximaram em 2012 e terminaram a relação pela primeira vez no final de 2013. Durante a preparação para a Copa do Mundo do ano seguinte reataram, mas terminaram em agosto de 2014. Em 2016 reataram a relação, que voltou a terminar em 2017. A última reaproximação aconteceu no final do ano passado, mas há alguns dias ambos confirmaram o novo rompimento.
Conforme declaram amigos do casal nas redes sociais, quem convive com Neymar e Bruna não acredita que esse fim seja definitivo.
Conforme demonstra a pesquisa de Kansas, a maioria das pessoas aceita reatar a relação por acreditar que o ex-companheiro mudou sua maneira de ser, o que raramente é verdade. Assim, ambos se enganam e voltam a um relacionamento que já não era saudável.
A escritora Cristiane Cardoso, durante transmissão recente do programa “The Love School (A Escola do Amor)” pelo Facebook, explica que “toda vez que o casal fica nessa de entrar e sair, separar e voltar, eles pensam muitas vezes que estão ali insistindo no amor”.
A verdade, porém, é que “toda vez que isso acontece você está enfraquecendo o relacionamento. Porque toda vez que se termina, você se separa e está se machucando. Está trazendo mais uma dúvida para o relacionamento, uma dor”.
Já o escritor Renato Cardoso, coautor do livro “Casamento Blindado 2.0”, relata que “muitas vezes eles tentam voltar sem superar o que os separou. Esse é o problema. Provavelmente tem sido o caso do Neymar e da Bruna Marquezine, que já foram e voltaram tantas vezes”.
Um relacionamento nesse formato cíclico jamais será bem-sucedido. Amber Vennum defende que as pessoas envolvidas se sentem cada vez menos satisfeitas com o parceiro, têm pouca segurança em relação ao futuro da relação, sofrem com baixa autoestima e desenvolvem problemas de comunicação – o que fica claro a cada novo problema em que o casal prefere romper do que buscar uma solução.
Ao reatar, iludidos com a mudança alheia, ambos tendem a tomar decisões precocemente, como ter filhos ou se casar sem estrutura para isso.
Renato e Cristiane explicam que para não cair nessa armadilha é preciso entender que ambos têm culpa nos problemas e a responsabilidade de resolvê-los, o que quase sempre é possível. Quando a decisão for terminar a relação, isso deve ser mantido.
“A pessoa tem que se definir. Ou ela supera ou ela termina”, conclui Cristiane.
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