Pagers explodem em ataque contra o Hezbollah
As tensões crescem na fronteira do Líbano
Na terça-feira, dia 17 de setembro, por volta das 15h45 (no horário local), centenas de pagers explodiram praticamente ao mesmo tempo por meio de uma suposta investida de Israel contra o Hezbollah.
O que se sabe:
- Pagers são pequenos aparelhos de comunicação (utilizados comumente nos anos 1990 como uma alternativa ao celular), que emitem alertas e exibem mensagens de texto.
- O ataque foi direcionado para integrantes do grupo Hezbollah, que trocaram os smartphones por pagers na tentativa de dificultar ações hackers.
- A responsabilidade dos ataques tem sido atribuída à Israel, que não comentou o caso. Ao The New York Times, fontes estadunidenses informaram que militares israelenses esconderam materiais explosivos em um lote de pagers fabricados em Taiwan (embora, o país asiático tenha negado a participação, apontando a origem dos aparelhos para a Hungria).
- O ministério da saúde do Líbano informou que, até o dia 18, foram contabilizadas 12 mortes (das quais 8 pessoas eram integrantes do Hezbollah). O embaixador do Irã (apoiador do Hezbollah) no Líbano, Mojtaba Amani, foi um dos milhares de feridos.
Confira, no vídeo abaixo, a reportagem que foi ao ar pelo Jornal da Record:
Ataque estratégico:
O jornalista sírio Fitzal Al-Qassem, integrante do grupo midiático All-Jazeera, comentou o ataque em suas redes sociais:
- “O que ocorreu hoje pode ser considerado o maior ataque preventivo da história moderna, comparável ao ataque de Israel à Força Aérea Egípcia, antes da Guerra dos Seis Dias. Atualmente, o Hezbollah conta com milhares de feridos, tanto da elite quanto da ativa. Se o Hezbollah decidir entrar em guerra agora, seus feridos não encontrarão leitos disponíveis nos hospitais do Líbano, que já estão lotados. Para agravar a situação, o Hezbollah também perdeu seus principais canais de comunicação militar e de segurança. Xadrez.”, escreveu.