Pais concordam com proibição do uso de celulares em escolas
Segundo uma pesquisa, a maior parte deles acredita que o uso do aparelho distrai e pode prejudicar o desempenho dos filhos
No Brasil, quase metade das escolas proíbe o uso do celular dentro da sala de aula. E essa medida tem o apoio de mais de 70% dos pais, de acordo com os dados de uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data, que entrevistou pais e mães em todo o território nacional.
Mais detalhes sobre o assunto:
- 72% dos entrevistados acreditam que o uso do celular na escola distrai os alunos;
- Atualmente, 43% das escolas que atendem os primeiros anos do ensino fundamental proíbem o uso do celular durante as aulas. Esse número aumentou desde 2020, quando o índice era de 32%;
- 78% dos pais conversam com seus filhos sobre um uso consciente do celular nas escolas. Entretanto, cerca de 40% dos entrevistados não controlam quanto tempo seus filhos passam em frente às telas;
- Em relação ao potencial educativo do celular nas aulas, 30% afirmam que o aparelho pode ser uma ferramenta útil; entre os pais mais jovens (com idade de 18 a 24 anos), esse percentual sobe para 40%;
- 72% dos entrevistados já participaram de reuniões escolares discutindo a presença do celular nas aulas, e 87% consideram essencial ensinar aos alunos sobre o uso seguro do aparelho na escola.
Por que é importante refletir sobre isso:
O debate sobre a proibição vem avançando, especialmente, depois que a principal avaliação mundial da educação, o Pisa (2022), apontou que o uso excessivo de celular na sala de aula atrapalha o desempenho dos alunos.
Oito em cada 10 alunos brasileiros, de 15 anos, disseram que se distraem com o uso de celulares na sala de aula. Na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), são seis estudantes a cada 10.
E essa distração se estende em todos os âmbitos. Não apenas no ambiente escolar, mas nos momentos que deveriam ser destinados ao lazer e outras atividades, e no convívio familiar, trazendo outros prejuízos.
- Frequentemente, especialistas da área da saúde alertam que o uso excessivo de telas pode prejudicar o desenvolvimento das crianças também com casos de dependência, ansiedade e depressão.
- Tanto que, recentemente, o Projeto de Lei que inclui alerta sobre o uso de telas digitais por crianças em embalagens de dispositivos eletrônicos foi aprovado pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados.
A quem cabe orientar as crianças:
A responsabilidade pela orientação cabe tanto à escola quanto aos pais. Em entrevista ao programa Fala Brasil, da Record, a psicóloga e pedagoga Betty Monteiro afirmou que é importante estabelecer limites rigorosos. Isso, para evitar problemas como dificuldades na aprendizagem e questões sociais entre crianças devido ao excesso no uso das telas.
E o papel dos pais é essencial para acompanhar o acesso dos filhos aos celulares. Não só em relação ao tempo gasto em frente às telas, como também ao tipo de conteúdo consumido.
Onde buscar apoio:
Você quer receber mais orientação de como estabelecer uma relação de confiança com o(s) seu(s) filho(s) e auxiliar no seu desenvolvimento?
Procure uma Universal mais próxima e conheça o trabalho desenvolvido com as crianças através da EBI (Escola Bíblica Infantil). Além de orientá-las sobre a importância de dar atenção aos ensinamentos de seus pais, também oferece dicas aos responsáveis.
Ou busque mais informações das ações realizadas pelos grupos Força Teen Universal (FTU) e Força Jovem Universal (FJU) que auxilia milhares de pré-adolescentes e adolescentes, respectivamente, em temas relacionados a esta fase da vida, além das questões físicas, sociais e espirituais.