Pais nervosos prejudicam as estruturas cerebrais dos filhos

Desenvolvimento das crianças sofre com brigas e agressões

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Bater, gritar ou mesmo sacudir os filhos pelos ombros são atitudes que podem prejudicar o desenvolvimento do cérebro das crianças. Esses acessos de raiva são capazes de modificar as estruturas e causar prejuízos irreparáveis.

A descoberta foi realizada por pesquisadores das Universidades de Montreal (Canadá) e Stanford (EUA). Essa é a primeira vez que a Ciência comprova o malefício da agressividade dos pais.

Para chegar aos resultados, a equipe avaliou crianças desde o nascimento até os nove anos de idade. Durante todo esse tempo, o desenvolvimento dos filhos e o comportamento dos pais foram documentados.

O estudo comprova que as crianças criadas por pais irritadiços desenvolveram córtex pré-frontal e amígdala menores – duas estruturas cerebrais que desempenham um papel fundamental na regulação emocional e no surgimento de ansiedade e depressão.

“É a primeira vez que práticas parentais severas que ficam aquém de um abuso sério foram associadas à diminuição do tamanho da estrutura do cérebro, semelhante ao que vemos em vítimas de atos graves de abuso”, explicou a psicóloga Dra. Sabrina Suffren, que liderou o estudo. “Acho que o importante é que os pais e a sociedade entendam que o uso frequente de práticas parentais severas pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Estamos falando sobre seu desenvolvimento social e emocional, bem como seu desenvolvimento cerebral”.

Não desça ao nível emocional das crianças

“Uma coisa que os pais precisam saber é que eles não devem entrar em discussão com seus filhos pequenos”, orienta o Bispo Renato Cardoso. “Uma definição de criança é ‘alguém que ainda não desenvolveu sua capacidade de raciocínio e juízo’. Como discutir ou debater com alguém assim?”.

De acordo com ele, os pais devem impor sua autoridade diante dos filhos. E isso não precisa ser feito com agressividade. Ao contrário, o equilíbrio na atitude dos pais demonstra que têm razão no que estão fazendo.

“O que a criança precisa é perceber autoridade na palavra dos pais. Qual foi a última vez que você discutiu com uma autoridade? Com um guarda de trânsito, um médico ou um juiz? Você simplesmente acata a autoridade deles porque sabe que discutir é em vão”, explica o Bispo. “E as autoridades também sabem disso. Por isso, elas não descem o seu nível para reagir às provocações dos que as rejeitam”.

Discutir, gritar ou bater em crianças apenas demonstra que os pais têm tanto equilíbrio emocional quanto seus filhos, que ainda estão em desenvolvimento. Essas são as atitudes que as tornam emocionalmente instáveis por toda a vida.

“No momento em que o pai ou mãe desce seu nível para tentar discutir ou convencer a criança de alguma ordem ou regra dada, já perdeu a discussão”, conclui o Bispo. “Não se discute com criança. Seja bem claro nas regras, limite-se a dar uma breve razão por elas existirem, e apenas as faça cumprir”.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: iStock