Para toda obra

Até pouco tempo atrás era comum o homem fazer reparos domésticos. E você, sabe cuidar de sua casa?

Imagem de capa - Para toda obra

Cada vez mais homens tentam não se parecer com aquela figura masculina padrão. E uma das consequências é que alguns usam o pretexto de “não existirem comportamentos exclusivamente masculinos” para cederem à preguiça e deixarem de fazer o que lhes é característico há milênios: reparos, pequenos ou grandes, em casa. É cada vez mais comum encontrar aquele sujeito que nem uma simples resistência de chuveiro sabe trocar.

Claro, ninguém deve se aventurar a fazer o que não sabe e correr o risco de sofrer acidentes desnecessários. É prudente chamar um bom especialista quando os assuntos forem tubulação de gás, manutenção estrutural, grandes alterações elétricas e alguns outros casos bastante complexos. Mas daí a não saber nem trocar lâmpadas, instalar cortinas ou trocar a vedação de torneiras já é demais. Em alguns casos, os maridões deixam esses trabalhos para suas esposas – e há, inclusive, as que os façam numa boa. Mas nem ajudá-la é uma afronta!

No Hemisfério Norte o normal é o chefe de família ter a garagem ou o porão com ferramentas. Preste atenção na casa do “homem comum” em qualquer filme norte-americano e você verá isso. Em muitos casos, nas horas de folga, lá estão os pais/maridos pintando uma parede, cortando a grama, consertando uma cerca e, às vezes, até ensinando os filhos a fazerem o mesmo.

Se você precisasse ensinar essas coisas aos seus filhos hoje, teria as ferramentas necessárias?

Como montar seu kit básico de manutenção
Na falta de espaço para grandes ferramentas, uma boa caixa com itens básicos é uma senhora ajuda na hora do aperto! Não é preciso muito: um bom martelo com “orelhas” para tirar pregos, uma trena (ou o popular “metro” dobrável), um jogo de chaves de fenda, um kit de chaves de boca, uma chave inglesa (ou grifo), um estilete, um jogo de lixas, um alicate de corte e outro comum, uma extensão de fio elétrico, um pequeno serrote ou serra de arco, lápis ou caneta hidrocor e uma régua de nível (há apps para celular que a simulam). Para começar, está ótimo. Tudo arrumado em uma caixa própria, não necessariamente cara, facilmente encontrável em emergências. Assim que terminar de usá-las, guarde-as. Nada de deixar tudo espalhado, até para não perder as peças pequenas.

Além das ferramentas, é bom ter recipientes com parafusos (inclusive os que sempre sobram de algum conserto) em alguns tamanhos e com buchas plásticas, pregos diversos, rolos de fita isolante, veda-rosca, silvertape e fita-crepe, cola, luvas antiderrapantes (e para evitar ferpas), óculos de proteção (mais necessários do que muitos imaginam), um pequeno rolo de corda fina, etc. Também é necessária uma boa furadeira, com um jogo básico de brocas.

Detalhe importante: toda ferramenta e itens complementares devem ser de boa qualidade para não gerarem um estrago ainda maior na hora do uso. Lembre-se de que essa compra não é um luxo, mas um investimento a longo prazo.

A primeira vez
Mas como fica quem nunca nem sequer apertou um parafuso na vida? Hoje em dia há bons tutoriais no YouTube e plataformas similares ensinando a fazer diversos reparos com segurança. Outra dica: quando um profissional for à sua casa fazer algum conserto, observe-o. Muitos aprendem assim. Se puder pagar, opte por cursos – você se surpreenderá com a quantidade deles e com o quanto você pode gostar de fazer tais manutenções!

Cuidar de sua família também envolve o aspecto material. E morar em uma casa segura e bonita nunca fez mal a ninguém.

E aí? Ainda vai deixar aquela torneira pingando e furando seu bolso com a conta de água? Mãos à obra!

imagem do author
Colaborador

Marcelo Rangel / Foto: Getty images