“Parecia que o vazio estava impregnado em mim”

As drogas e as tentativas de suicídio atormentavam Mariana Sousa Silva, até que um convite inesperado mudou tudo

Imagem de capa - “Parecia que o vazio estava impregnado em mim”

Oriunda de uma família de cinco irmãos, a controladora de acesso Mariana Sousa Silva, de 24 anos, conta que sua infância foi marcada pela dificuldade de ter um pai alcoolátra e uma mãe depressiva que já tinha tentado suicídio. “Somos quatro mulheres e dois homens”, diz ela, que sofria com a ausência da mãe. “Fui crescendo com essa carência e o vazio se fez presente. Na adolescência, buscando minha personalidade, tentei fazer algo para diminuir o vazio, como mudar o estilo de roupa e o musical, ouvindo rock, reggae e funk, até que conheci as drogas, do narguilé à maconha. No entanto, por mais que eu buscasse me reinventar, o vazio crescia e eu me sentia frustrada.”

Na ânsia por novidades, Mariana explica que entrou em um relacionamento homoafetivo. “Esse relacionamento durou quatro anos, mas foi conturbado e, com o tempo, se tornou tóxico. Desenvolvi uma dependência emocional, o que piorou tudo. Após uma traição, o relacionamento chegou ao fim e foi nesse momento que desabei: me afundei na bebida a ponto de beber tanto que não me lembrava de nada no dia seguinte. A cada ressaca eu me sentia mais perdida, com um vazio crescente e uma tristeza que me tiravam a vontade de viver. Eu bati em muitas portas, mas só ‘quebrei a cara’, só levei ‘portada na cara’. Não conseguia tirar o vazio, parecia que ele estava impregnado em mim”, expõe.

O pior período, ela menciona, foi lidar com o desejo de suicídio. “Cheguei a um momento em que pensei que minha cota de frustração deveria chegar ao fim e, exausta de fazer tentativas, quis dar cabo da minha própria vida. Para mim, essa era a única solução, pois pensava que teria paz eterna”, detalha.

Cansada de sofrer, Mariana se lembrou de Deus. “Eu não sabia como falar com Ele, então, disse assim: ‘Olha, eu não O conheço e se você não tem um propósito para a minha vida vou fazer o seguinte: vou na cozinha pegar uma faca’. Foi o que fiz, mas, de maneira inacreditável, não encontrei nenhuma faca. Como pode não ter uma faca na cozinha? Foi aí que caiu a ficha e eu disse: ‘Deus, agora eu Lhe peço: coloque alguém no meu caminho para que eu siga o Seu propósito’”.

A resposta

Há cinco anos, ao entrar em contato com uma amiga com quem não se comunicava havia muito tempo, Mariana recebeu um convite para ir à Universal. “Eu entendi que só o Espírito Santo me faria completa e, ao recebê- Lo, todo aquele vazio foi preenchido. Ele me trouxe paz interior e a verdadeira felicidade. Hoje, olho para trás e vejo que nada vale mais nesta vida do que conhecer a Deus e ser conhecida por Ele”, encerra.

imagem do author
Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Cedidas