“Parecia que tinha alguém esmagando minha alma”
Janaína de Jesus viveu anos em sofrimento emocional e tentou o suicídio três vezes, até que encontrou o alívio que tanto buscava
A separação dos pais era algo que a assessora de imprensa Janaína de Jesus, hoje com 30 anos, jamais imaginou que aconteceria. Por isso, a notícia do divórcio deles acabou com sua alegria e destruiu a referência de família feliz que ela e seus irmãos tinham. Na adolescência, Janaína passou a buscar em amigos, baladas e namoros o amor e a felicidade que não tinha em seu lar. Quando voltava das farras, porém, encontrava uma realidade cruel: “no meio da galera, eu brincava e sorria, mas, quando voltava para casa e abria a porta do meu quarto, eu encontrava a tristeza e a depressão”, diz.
Ela conta que também era atormentada por pesadelos. Certa vez, para tentar aliviar “a dor na alma”, Janaína praticou automutilação. Durante os cortes, ela lembra que a dor emocional passou, mas, depois, além da sensação de vazio, restou a dor física que as lesões causaram. “Parecia que tinha alguém esmagando minha alma”, descreve.
Morrendo sem Deus
O sofrimento emocional levava Janaína a ter atitudes que geravam brigas entre ela e sua mãe. Depois de uma dessas discussões, Janaína tentou o suicídio. A partir daquele dia, além da mágoa que tinha da mãe, ela passou a ser atormentada por pensamentos de que não deveria ter nascido, pois se sentia um peso para a família. Ela ainda tentou tirar a própria vida mais duas vezes.
Um dia, no trabalho, Janaína sofreu um derrame facial. Ao sair para pedir ajuda, Janaína teve dificuldade para respirar, caiu no chão e teve um ataque epilético. Naquele momento, ela, que nunca tinha tido uma experiência com a fé, conta que só conseguiu pensar no seguinte: “estou morrendo sem conhecer a Deus”.
Saída para os cansados
Janaína se recuperou, mas passou a ter um profundo medo da morte e ficou com receio de dormir. Nessa época com 18 anos, ela reencontrou uma amiga que a convidou para ir a uma reunião na Universal. Lá, Janaína ouviu que Jesus aliviaria todos os cansados e sobrecarregados que buscassem Sua ajuda. “Diante daquela Palavra, eu encontrei o que a minha alma estava precisando: uma saída. Comecei a ter uma perspectiva de vida e a trabalhar para isso e tudo começou a dar certo”, conta.
Apesar dessa primeira conexão com a fé, Janaína sentia que ainda faltava algo que a preenchesse completamente. “Eu falei para Deus que estava cansada daqueles problemas, daquele turbilhão de pensamentos, de todos os traumas da minha vida e que, se não tivesse o dono da paz em minha vida, eu não aguentaria”, lembra. Segundo ela, a mudança começou de dentro para fora. “O dono dessa paz que eu recebi foi o Espírito Santo. Quando eu fui amada por Ele, consegui transmitir esse amor. A primeira pessoa que viu isso foi minha mãe. Fazia alguns anos que eu não dizia para ela que a amava e, naquele momento, eu a abracei e pedi perdão. Antes, eu achava que morreria sem ver a Deus, mas, daquele dia em diante, eu comecei a viver porque passei a conhecer a Deus”, conclui.