“Passei a consumir maconha, lança-perfume, ecstasy, um pouco de tudo”
Sabrina Mesquita trocou a alegria momentânea gerada pelas drogas e bebidas por uma vida verdadeiramente completa
É muito comum nos dias de hoje ouvir falar de vazio interior. Essa sensação, difícil de descrever, normalmente vem acompanhada de tristeza, frustração, esgotamento e um grito interno. O sentimento é incômodo e, na ânsia de resolvê-lo, qualquer distração parece ser a saída. Contudo logo o entusiasmo passa e o vazio retorna ainda mais forte.
Era nesse ciclo de instabilidade emocional que vivia Sabrina Mesquita, de 23 anos. “Eu vivia de aparência. Na frente das pessoas sempre me mostrava feliz, alegre e descontraída, mas só eu sabia quem eu realmente era. Eu usava uma ‘maquiagem’. Tentava esconder o vazio que existia dentro de mim”, conta.
Os problemas internos não se restringiam à sua mente e ao seu coração e refletiam em todas as áreas. Na vida amorosa, por exemplo, Sabrina se sujeitou a um relacionamento abusivo porque acreditava que sem o parceiro não conseguiria levar a vida adiante. E foi por querer atrair a atenção do namorado na época que ela conheceu o mundo dos vícios. “Comecei com a bebida alcoólica e depois passei a consumir maconha, lança-perfume, ecstasy, bala, um pouco de tudo.”
O relacionamento familiar também era marcado pela frustração. Além das brigas e agressões dentro de casa, uma mágoa que nutria pela irmã ocupava um grande espaço em seu coração. “Não nos falávamos e ela casou. Toda a minha família veio de outro Estado para o casamento e eu não fui convidada.”
Além dessa decepção, Sabrina tinha descoberto uma traição de seu namorado com sua melhor amiga. “Eu descobri que os dois estavam conversando e possivelmente ocorreu ou ocorreria uma traição. Me senti um lixo e isso tudo só me fez acreditar que eu tinha nascido para sofrer”, relata.
Por carregar toda essa dor, o brilho de Sabrina foi se apagando, mas ela conta que um convite chamou sua atenção: “um colega do trabalho me convidou para participar das reuniões na Universal e eu comecei a ir. Vi que o conceito que eu tinha de mim mesma estava errado, que eu poderia mudar e que isso não dependia das outras pessoas, mas só de mim”, recorda. Com esse entendimento, ela tomou a decisão de se entregar a Deus e se batizou nas águas.
No batistério ficou a Sabrina triste, frustrada e viciada e nasceu uma mulher com força para recomeçar. Ao ouvir sobre o Espírito Santo, surgiu nela mais do que uma curiosidade: o entendimento de que receber o Espírito do próprio Deus era uma necessidade para que ela permanecesse na Fé.