“Passei seis vezes por unidades socioeducativas”

Saiba como Willian Gabriel Muniz saiu do crime e mudou de vida quando ninguém mais acreditava nele

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No interior de São Paulo, em São José dos Campos, nasceu e foi criado o autônomo Willian Gabriel Belarmino Muniz, de 20 anos. Ele conta que cresceu em uma família humilde e sem estrutura: “fui criado pela minha avó materna, minha mãe me abandonou quando eu tinha acabado de nascer e meu pai estava preso na época. Quando ele foi solto, eu já tinha uma certa idade. Enfrentamos uma série de problemas financeiros e familiares e, para piorar, muitos dos meus parentes estavam envolvidos com o crime”.

Segundo ele, a criminalidade também estava muito presente nas ruas do bairro em que morava. “Muitos jovens se envolviam com o crime até nas escolas e eu comecei a me espelhar em algumas pessoas visando ‘dinheiro fácil’. Passei a usar maconha quando tinha 11 anos”, explica.

A ascensão de Willian no crime foi rápida: com apenas 12 anos ele já traficava drogas e não demorou para que começasse a praticar assaltos. “Quando dei por mim já estava avançado no crime e as consequências chegaram cedo também. Ao todo, passei seis vezes por unidades socioeducativas por tráfico, busca e apreensões e assalto à mão armada.”

Ele lembra que em vários momentos achou que perderia a vida durante a prática de delitos. “O meu interior era vazio e tudo que eu carregava eram complexos e medo de morrer, pois eu já era conhecido pela polícia”, diz.

Willian diz que fazia reflexões sobre a vida e os crimes que praticava, mas não conseguia ver uma saída para os seus problemas. “Eu tinha em mente que morreria naquela vida. Eu era muito revoltado, não ligava para nada e continuaria no crime, mesmo que não tivesse paz. Eu não acreditava em mim e ninguém mais acreditava.”

Uma luz brilhou
A situação dele começou a mudar quando ele ouviu falar de uma nova vida para aqueles que aceitassem Jesus como Senhor de suas vidas. “Eu conheci o trabalho da Universal dentro da Fundação Casa e as palavras de fé entraram em mim. Eu me interessei de uma forma diferente e também vi o exemplo dos obreiros, pastores e voluntários que faziam o trabalho”, afirma.

Enquanto cumpria medidas socioeducativas, ele participava das reuniões da Universal realizadas pelo grupo Universal Socioeducativo, até que ganhou a liberdade. “Eu queria mudar de vida, mas o crime me chamava. Eu não sabia como agir, até que recebi o convite de um amigo que no passado tinha se envolvido com o crime para ir à Universal. Cheguei à igreja em uma quarta-feira, em outubro de 2021, e entendi que precisava entregar minha vida ao Senhor Jesus, me libertar e nascer de novo”, conta.

Depois de passar pelo processo de libertação, ele se batizou nas águas e passou a buscar o Espírito Santo, até que O recebeu. “Hoje sou um novo homem, tenho paz e felicidade. Deus me deu uma direção, um trabalho e vou me casar com uma mulher de Deus. Antes, eu não conseguia dormir por medo de ser morto, mas hoje coloco a cabeça no travesseiro e durmo em paz, pois minha vida foi transformada”, destaca.

Ele acrescenta que tem um ótimo relacionamento com a família e, como forma de gratidão a Deus, é voluntário no grupo Universal Socioeducativo.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Mídia FJU-São José dos Campos/SP e arquivo pessoal