Pecado à mesa: quando o exagero vira questão espiritual
Muitos homens se deixam dominar pela glutonaria, mas aquele que segue a Palavra de Deus se protege desse mal que pode levar à morte
O livro bíblico Gálatas apresenta uma lista de ações consideradas “obras da carne”, ou seja, inclinações e comportamentos inerentes à vontade humana e que conflitam com a natureza divina. A glutonaria está incluída nesse rol (Gálatas 5.21). Aliás, séculos antes que essa relação fosse feita, Salomão já afirmava que “o beberrão e o comilão acabarão na pobreza” (Provérbios 23.21). É claro que ele não estava falando apenas de pobreza financeira.
Exemplo bíblico
Exagerar nas garfadas pode, a princípio, parecer inofensivo, mas não é. Recentemente, o Bispo Renato Cardoso explicou que a glutonaria é “o hábito de comer em quantidade maior do que o necessário e com a qualidade que não é boa para o corpo” e observou que a prática “prioriza o prazer da comida na boca, mas não pensa no que acontece depois da boca”.
Ao citar Daniel, que decidiu se abster das iguarias e do vinho do reino (Daniel 1), o Bispo ressaltou a importância da autodisciplina e declarou: “Não é só uma questão da aparência, mas de saúde, e não importa a sua idade. Não se esqueça: a doença é adquirida pelo jovem silenciosamente. Ele se engana porque acha que pode comer de tudo. Só que a fatura chega”.
Quilos mortais
Embora a obesidade seja mais prevalente nas mulheres, ela é uma doença três vezes mais mortal para nós do que para elas. E mesmo um pequeno aumento de peso é capaz de elevar o risco de morte prematura, segundo estudo publicado no periódico britânico The Lancet. Já o artigo Obesity and Men’s Health, publicado no científico Nursing Clinics of North America, aponta que, à medida que os homens envelhecem, há aumento da massa adiposa – isso mesmo sem obesidade – e avalia que os homens têm maior predisposição ao acúmulo de gordura visceral (aquela localizada na popular região da “pochete”), relacionada às maiores taxas de complicações metabólicas, como as que levam ao infarto. No Brasil, 58,3% dos homens estão com sobrepeso, como mostra a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pecado é pecado
A industrialização trouxe oferta infinita de alimentos baratos, saborosos e fáceis de comer, mas açucarados, ultraprocessados e assassinos. E atualmente até os homens que procuram consumir apenas alimentos saudáveis se deixam levar pelos olhos e pecam pelo excesso.
Devemos nos lembrar: pecado é pecado, não importa se ele parece pequeno. Se Deus condenou a gula, você deve se controlar e não se render a esse mal. Lembrese: tudo é lícito, mas nem tudo convém. O homem inteligente sabe discernir o que é bom para ele e não deixa que nada o domine
(1 Coríntios 6.11-12).
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