Perdeu a razão?
Muitos homens são incapazes de manter a racionalidade durante uma discussão. Você é um deles?
Quantas vezes você “perdeu a cabeça” nos últimos dias e quantas vezes deixou a frustração tomar conta de você e saiu gritando? A verdade é que muitos homens têm o hábito de recorrer à gritaria quando suas palavras não são suficientes para obter o que querem. Se o filho demora para ir para o banho, gritos. Se alguém fecha seu carro no trânsito, gritos. Se um funcionário perde um prazo, gritos. Há muitos homens que, independentemente do local, permitem que as conversas se transformem em discussões acaloradas e em gritaria. Até mesmo no Congresso, nossos “parlamentares” (palavra vinda do francês “parler”, que significa falar) estão acostumados a se valer da gritaria.
A pergunta é: o que isso traz de bom? Nada, evidentemente. Apesar de serem usados comumente, os gritos são completamente ineficazes. O grito é o subterfúgio de quem é incapaz de argumentar de forma racional e articulada. Quando a lógica falha, quando a razão não é suficiente para convencer, alguns apelam para o uso da força vocal, como se ela fosse capaz de impor sua posição. No entanto essa conduta nunca leva a uma resolução positiva. Em vez disso, os gritos tendem a gerar mais gritos, criando um ciclo de exagero emocional que pode resultar em violência física, especialmente entre homens.
Mesmo quando a agressão física não ocorre, a violência verbal deixa sinais. As palavras podem ferir tanto quanto os golpes físicos e deixar marcas emocionais que podem levar anos para cicatrizar, especialmente nos filhos. É por isso que manter a calma e a racionalidade em todas as situações, independentemente da provocação, é fundamental.
A Bíblia, em Efésios 4.31, nos alerta para a importância de evitar a amargura, a ira, a cólera, os gritos, a blasfêmia e toda a malícia. O versículo continua válido atualmente e serve como um lembrete de que a violência, seja verbal, seja física, não tem lugar em uma sociedade civilizada.
A bem da verdade, o homem inteligente sabe argumentar, em vez de berrar. Mas, para que isso ocorra, ele precisa ter a capacidade de expressar as próprias opiniões e também disposição de ouvir atentamente o ponto de vista dos outros, mesmo que discorde dele. Ouvir e respeitar não significam concordância, assim como calar alguém com gritos não quer dizer que se venceu a discussão.
Além disso, é essencial reconhecer quando é hora de dar um passo para trás e se dominar, em vez de se deixar controlar pelas emoções. Muitas vezes é melhor concordar com o que discordamos do que permitir que um conflito se transforme em uma batalha de gritos e insultos. A humildade de reconhecer os limites e a sabedoria de buscar a paz são virtudes de todo homem inteligente.