Pergaminhos bíblicos do século 1 são encontrados
Textos pertenciam a cristãos que fugiram do Império Romano
Dezenas de fragmentos de pergaminhos com mais de 1.900 anos foram encontrados no deserto da Judeia (Israel). A notícia foi divulgada na última terça-feira (16) pelas autoridades israelenses.
O chefe da equipe do Departamento de Arqueologia da Administração Civil da Cisjordânia, Hananya Hizmi, contou à CNN inglesa que a descoberta dos objetos foi “um momento emocionante”.
Além dos pergaminhos bíblicos, também foram encontrados outros objetos, como moedas, artesanatos e um esqueleto de 6 mil anos.
A equipe de restauração já foi capaz de reconstruir 11 linhas do material encontrado. Os textos, escritos em grego, são as seguintes partes dos livros da Bíblia:
Zacarias 8.16:17:
“Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas.
E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio, diz o Senhor”.
Naum 2.5:6:
“Ele se lembrará dos seus valentes; eles, porém, tropeçarão na sua marcha; apressar-se-ão para chegar ao seu muro, quando o amparo for preparado.
“As portas dos rios se abrirão, e o palácio será dissolvido.”
Por que esses pergaminhos estavam ali?
O material bíblico encontrado faz parte da coleção “Manuscritos do Mar Morto”. Os primeiros pergaminhos dessa leva foram encontrados em 1947. Desde então, outros materiais foram descobertos ali, incluindo pergaminhos bíblicos da época de Jesus e de antes dEle, além de textos judaicos e cristãos.
A região está cerca de 80 metros abaixo do topo de um penhasco e só pode ser acessada por rapel. As condições climáticas locais permitem que os pergaminhos se mantenham em bom estado de conservação.
Em Qumran viveram judeus Essênios e, após a divulgação do Cristianismo, cristãos também passaram a viver na região. Os estudiosos israelenses acreditam que o material encontrado agora pertenceu a cristãos que fugiram da perseguição do Império Romano por volta do ano 100. Naquele momento, ser cristão era crime condenável com tortura e morte.
A maioria dos rolos de pergaminho encontrada é mantida no Santuário do Livro, parte do Museu de Israel em Jerusalém.
A divulgação da descoberta acontece poucas semanas após Israel publicar a descoberta de uma banheira pública que o Senhor Jesus, provavelmente, utilizava antes de subir ao Monte das Oliveiras. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.