Uma pesquisa da Silverguard (fintech de proteção financeira) mostrou que 4 em cada 10 brasileiros já foram vítimas de alguma tentativa de fraude ao usar Pix. Destes, 22% caíram efetivamente em fraudes e sofreram prejuízos.

Além disso, 78% das vítimas caíram mais de uma vez em algum golpe envolvendo o Pix.

Perfil das vítimas:

• A maior parte tem entre 40 e 59 anos (46,1%) e são mulheres (64%);
• 18,5% tem entre 18 e 29 anos;
• 35,4% tem mais de 60 anos;
• 63% pertencem às classe B e C.

Golpes mais comuns:

• Falsa central bancária (golpista que pede para reverter um falso Pix, que responde por 38% das ocorrências);
• falso parente (pedido de dinheiro, com 20% das ocorrências);
• produto ou loja falsa (compra nunca é entregue);
• rede social hackeada (compra de produto de um conhecido que teve sua conta clonada); e
• falso investimento (oportunidade de multiplicar/investir dinheiro).

Como reaver dinheiro:

O Banco Central lançou no final de 2021 o MED (Mecanismo Especial de Devolução) para tornar o Pix mais seguro e facilitar, principalmente, que vítimas de golpes financeiros recebam seu dinheiro de volta.

Poucas pessoas conhecem o mecanismo e de acordo com Marcia Netto, CEO da Silverguard: “o primeiro passo, na corrida para tentar reaver o dinheiro de um golpe com Pix, é entrar em contato por telefone (ou app) com o banco de origem e acionar o MED – antes de qualquer outra ação, inclusive antes do Boletim de Ocorrência (B.O.)”.

O MED permite que:

• A instituição receptora do Pix avalie o caso e devolva o valor recebido que ainda estiver na conta de destino em até sete dias corridos;
• Ademais, a instituição financeira de onde o Pix foi feito peça o bloqueio imediato do valor na conta de destino, caso haja uma suspeita de fraude.
• Por outro lado, no caso de Pix feito por engano, o MED não pode ser utilizado pelo consumidor ou acionado pelo gerente da agência bancária física.