Por que Deus permitiu que Sarai fosse separada de Abrão?
Entenda que aquilo que o homem plantar também colherá
A novela Gênesis, da Record TV, segue despertando reflexões entre os telespectadores. Recentemente, a quinta fase da trama exibiu os momentos de angústia vividos pelos protagonistas Abrão (Zécarlos Machado) e Sarai (Adriana Garambone). Eles foram separados um do outro contra a vontade deles.
Tudo aconteceu depois que Abrão, fugindo da falta de alimentos, decidiu seguir com sua caravana para o Egito. Lá, ele pediu autorização ao faraó Amenemhat 3º (André Ramiro) para que a caravana permanecesse no local. Após a aprovação do senhor do Egito, Abrão e seu grupo se instalaram nas terras do faraó. Em um primeiro momento, Abrão ficou feliz com a atitude do rei. Porém, ele não imaginava que Amenemhat ficaria encantado com a beleza de Sarai, sua esposa e meia-irmã.
O faraó mandou que Sarai fosse retirada do acampamento de Abrão e levada para seu harém. Sarai e Abrão esconderam que eram casados por medo de que o rei egípcio ordenasse a morte de Abrão para ficar com a mulher dele.
Na trama, Sarai ficou hospedada no palácio do faraó por dois anos. Nesse período, o egípcio ficou ainda mais encantado com ela e com seu comportamento diferente do das mulheres egípcias. Por algumas vezes o rei tentou fazer dela sua mulher, mas Sarai sempre o recusava. Até que o faraó, que não podia ser contrariado, marcou um casamento forçado com Sarai e mandou chamar Abrão para a celebração.
Durante todo o período em que Sarai esteve no harém, Abrão a visitava todos os dias. Mesmo triste por estar longe da mulher amada, ele confiou que Deus a traria de volta. Entretanto, por um momento, levado pelas circunstâncias e pelos sentimentos, ele chegou a perder as esperanças.
Provisão Divina
Na novela, no dia marcado para a união, Deus puniu com pragas o faraó e os egípcios, que foram tomados por uma coceira horrível, fato que impediu o casamento. Ao saber que Sarai era casada com Abrão, o faraó Amenemhat se enfureceu, mas entendeu que havia recebido um castigo do Deus ao qual o casal servia e, com medo, o libertou. O faraó ainda ordenou que um de seus servos entregasse ao esposo de Sarai animais, bronze, joias e mais servos, tudo para garantir que a fúria Divina se afastasse do Egito. “Deus nos honrou, Sarai”, disse Abrão, já fora do palácio do faraó. Emocionada, Sarai completou: “Ele não permitiu que ninguém me tocasse”.
A fé dispensa sentimentos
A passagem bíblica de Gênesis 12.10-20, em que as cenas mencionadas foram baseadas, ajuda a compreender por que Deus permitiu que Abrão e Sarai passassem por aquela situação. É preciso entender que tudo foi consequência da escolha de Abrão, que decidiu ir para o Egito com medo da fome, embora aquela não fosse a orientação de Deus. Isso se repete nos dias de hoje: colhemos as consequências de nossas escolhas. Por isso é importante estarmos alinhados aos propósitos de Deus para tomarmos decisões assertivas. Às vezes não compreendemos por que algumas dificuldades acontecem, mas precisamos seguir crendo e confiando em Deus, mesmo que a situação fuja do esperado.
Em seu blog, o Bispo Edir Macedo escreveu sobre a Fé que ignora o que os olhos veem: “a fé emotiva atenta para as circunstâncias; a fé racional crê no que está escrito. A fé emotiva, ao ouvir o som dos tambores de guerra, treme e teme; a fé racional, ao ouvir o alarido de guerra, vê, pela fé, o Senhor dos Exércitos entrar em ação”, escreveu. Por isso, leitor, faça como Abrão e confie em Deus.