No Brasil são realizados em média 3,5 milhões de doações de sangue por ano. Cerca de 1,6% da população doa sangue. Embora a porcentagem esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), cuja recomendação é que ao menos 1% da população seja doadora, o Ministério da Saúde se esforça para elevar essa taxa. Durante feriados, férias e festas de finais do ano, quando aumenta a necessidade de ter estoque nos bancos de sangue, a campanha em busca de doadores é reforçada.

Mas, apesar da doação de sangue significar um gesto de solidariedade, o que se percebe é que muitas pessoas ainda têm receio de fazer isso. Para o hematologista César de Almeida Neto, médico da Fundação Pró-Sangue, em São Paulo, vários fatores contribuem para isso. “Pavor de agulhas e de que a doação possa causar algum tipo de mal para o doador são alguns deles, mas o principal é a falta de informação”, declara.

O médico explica que há alguns critérios para ser doador: “é preciso apresentar documento oficial com foto; ter entre 16 e 69 anos; e quem tem entre 16 e 18 anos precisa de autorização dos pais. Além disso, o doador deve comparecer uma hora após o café ou o almoço e precisa estar em boas condições clínicas de saúde, não ser portador de hepatite, sífilis, HIV e HTLV, que causa leucemia no sangue.”

Ele diz ainda que somente depois de responder a um questionário, fazer um teste de anemia e se estiver tudo certo é que a pessoa estará liberada para doar. “Isso leva no máximo 10 minutos. Recomendo que as doações sejam feitas durante a semana, porque o atendimento é mais rápido. A doação de sangue é extremamente segura e há uma equipe pronta para dar todo suporte necessário. Muitos não sabem, mas uma doação pode salvar até quatro vidas”, esclarece.

Se você deseja doar, procure hospitais ou o hemocentro da sua cidade. A Universal também atua em prol de doações de sangue com o Grupo da Saúde. Leia a matéria das páginas 28 e 29 e se informe sobre as ações desenvolvidas este ano.