Por que o voto é um instrumento tão importante?

Entenda a relevância desse direito que você tem para ajudar na decisão dos rumos do País

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Há exatos 126 anos, no dia 1º de março de 1894, acontecia a primeira eleição direta para a presidência do Brasil. Naquela época, não podiam votar mendigos, analfabetos, praças das Forças Armadas e religiosos. Como regra, apesar de não ser proibido por lei, o voto feminino era vetado. De lá para cá, muita coisa mudou e o voto se tornou um direito de todo cidadão brasileiro, independentemente de gênero, raça ou condição social. Somente em dois momentos da história ficamos sem poder escolher um presidente de forma direta: durante a Era Vargas, de 1930 a 1945; e o regime militar, de 1964 a 1985.

Desde 1989, temos a oportunidade de escolher nossos governantes por meio do voto direto. Agora, em 2020, teremos eleições no dia 4 de outubro, quando acontece o primeiro turno para a escolha de prefeitos e vereadores em 5.568 municípios brasileiros. Se a disputa para os cargos não for resolvida nessa primeira etapa, ocorre o segundo turno no dia 25 do mesmo mês. O Distrito Federal e Fernando de Noronha não participam do pleito.

De acordo com Ricardo Fioreze, de 52 anos, juiz auxiliar da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil tem hoje mais de 148 milhões de eleitores. “Esse número pode sofrer variação a partir do fechamento do cadastro eleitoral, que ocorrerá no dia 7 de maio. Esse prazo é importante para que a Justiça Eleitoral tenha um retrato fiel do eleitorado que participará do pleito. Até o momento, 4.518 municípios votarão exclusivamente por meio da biometria. Atualmente, mais de 117 milhões de eleitores votarão com biometria em 2020”, explica.

O juiz afirma que o título de eleitor atualizado é um documento essencial para poder votar. “É um documento vitalício que só perde a validade pelo falecimento do eleitor ou caso ele venha a perder os seus direitos políticos por força de sentença judicial. O eleitor também pode perder o seu direito de votar caso falte às revisões biométricas que estão ocorrendo em todo o País ou deixe de votar em três eleições seguidas e não se dirija ao cartório eleitoral para regularizar a sua situação cadastral”, conclui.

 

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Éder Santos