Mais um piscar de olhos e, provavelmente, estaremos no final de 2025 e, talvez, até no final de 2030. Por vezes, nos perdemos no calendário, esquecemos a idade que acabamos de completar e nos surpreendemos com o quão rápido as crianças estão crescendo, enquanto as rugas são adicionadas ao nosso rosto e o nosso cabelo muda de cor. Ao mesmo tempo que parece que os dias voam com rapidez, nosso metabolismo fica cada vez mais lento, o que é um sinal evidente de que estamos envelhecendo. E não para por aí: a cada dia que passa, estamos inevitavelmente cada vez mais próximos da morte. Pode parecer exagero dizer isso tão diretamente, mas essa é a verdade e ela precisa ser dita.

Na ânsia de ignorar que nosso corpo tem um prazo de validade, há quem faça tudo que está a seu alcance para retardar o envelhecimento, fingir que ele não acontece e, se possível, até evitar a morte. A pessoa coloca em prática dicas de alimentação, de hábitos saudáveis e até de uso de substâncias farmacêuticas que podem de alguma forma ajudar seu metabolismo a permanecer saudável por mais tempo. Há ainda quem pinte o cabelo para esconder os fios grisalhos, os que realizam procedimentos estéticos para reduzir as rugas e quem invista seu dinheiro em estudos sobre longevidade.

Mas o que poucos notam é que reconhecer a inegável brevidade da vida, na verdade, é um alerta para um fato essencial: nosso corpo pode e vai perecer, mas nossa alma é eterna.

É certo que o ser humano não foi criado para ver seu corpo ser reduzido a pó. Quando ele foi formado pelas mãos do Criador e colocado no Jardim do Éden, Deus foi categórico ao dizer a ele: “… de toda a árvore do Jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.16-17). Ou seja, ao meditarmos no Texto Sagrado compreendemos que, se Adão e Eva não tivessem tocado naquela árvore e comido seu fruto, a morte não seria uma realidade, pois ela só se tornou parte da vida do ser humano quando ele cedeu ao pecado. O plano divino não contemplava o processo de envelhecimento do corpo, mas, sim, sua renovação constante ao lado do Criador.

Contudo essa realidade não significa que fomos abandonados por Deus. Ele não tem prazer na morte, mas deseja que venhamos a converter nossos caminhos e viver (Ezequiel 33.11), não necessariamente viver nesse corpo, mas ter a chance de viver eternamente ao Seu lado. Até porque somos formados pelo corpo, que é a nossa parte palpável dessa vida terrena e passageira e que desde a desobediência perece; pelo espírito, que é nossa capacidade de raciocinar e que voltará ao Criador após nosso último suspiro; e pela alma, que tudo sente e viverá eternamente, no destino que escolhermos.

Devemos sim cuidar do nosso corpo e da nossa mente, pois isso é imprescindível. No entanto não podemos continuar insistindo no erro que muitos cometem de negligenciar a alma. Fomos criados para viver lado a lado com o Senhor para sempre e, se formos bem sinceros, o nosso desejo de viver cada vez mais é justamente por conta da saudade desse plano original de desfrutarmos uma vida eterna com Ele.

Então, pense sim na eternidade. Não apenas em como garantir que seu corpo viva mais, mas, principalmente, no destino da sua alma. Dedique tempo avaliando a si mesmo, conhecendo a Deus, lendo e obedecendo à Sua Palavra, investindo tempo no cuidado da sua alma, porque ela não envelhece, tampouco morre.

Cada percepção de que o tempo voa e de que o corpo envelhece é um lembrete de que a morte (e a volta do Senhor Jesus) está cada vez mais próxima. Você está preparado? Sua alma viverá eternamente com o Criador ou sofrerá eternamente longe dEle? Você tem, de fato, cuidado do destino da sua alma e depositado sua Fé no Senhor Jesus, o Único que é o caminho, a verdade e a vida e que pode garantir a sua vida eterna? O tempo está passando e a preparação para a eternidade acontece enquanto você lida com a brevidade desse corpo em que sua alma habita.

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